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Politica Brasil
Domingo - 25 de Março de 2007 às 16:29

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Os novos ministros de Lula têm como missão, independente da área de atuação, fazer o País crescer. Essa é a ordem geral para todos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que retardou as negociações da reforma ministerial para concluir as medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Essa pode ser a principal missão de todos, mas há desafios específicos em cada área. O novo ministro da Justiça, Tarso Genro, por exemplo, terá a difícil missão de implantar a Força Nacional de Segurança permanente. Construir mais presídios federais, dar mais força para a Polícia Federal, investir mais em segurança pública e ainda reformar o Ministério trazendo órgãos como o Conselho de Operações Financeiras (Coaf) para o seu comando para melhorar o combate ao crime organizado.

Marta Suplicy terá que manter o crescimento Turismo no País, área onde foram criados mais de 900 mil empregos nos últimos quatro anos, e ainda combater o turismo sexual e outras formas de exploração turística. Em seu discurso de posse, ela disse ainda que quer dar uma dimensão mais social para a pasta também estimulando a formação de jovens para a área.

O baiano Geddel Vieira Lima, novo ministro da Integração Nacional, terá nas mãos o orçamento do maior investimento do governo federal, a transposição do rio São Francisco. Durante anos, ele se posicionou contrariamente à transposição e agora terá que superar o conceito pessoal para tocar a obra que Lula espera concluir até 2010.

O novo ministro da Agricultura, o deputado Reinhold Stephanes, além de criar condições para expansão da produção nacional de grãos e carne, sofrerá inicialmente com a pressão da bancada ruralista no Congresso Nacional que resiste à sua escolha. Os deputados e senadores ligados ao campo queriam que um deles fosse escolhido. Lula preferiu um nome com perfil mais técnico.

O desagrado dos ruralistas pode aumentar se Stephanes for não for um entusiasta dos alimentos geneticamente modificados (transgênicos). Ele sofrerá pressões ainda para definir novos índices de produção para que a terra não seja indicada como área para reforma agrária. Os índices são da década de 70.

José Temporão, novo ministro da Saúde, ficou "com o pepino da saúde" como lhe disse Lula na cerimônia de posse. O médico sanitarista disse depois do discurso do presidente que alguns de seus amigos o consideram um bom "descascador de abacaxis". O orçamento da pasta é grande e nos últimos anos o ministério não apresentou grandes problemas, mas melhorar o atendimentos do Sistema Único de Saúde é um desafio permanente para quem ocupa a pasta.

Walfrido dos Mares Guia saiu do Turismo e vai fazer o que gosta dentro do governo: política. Assumiu a pasta das Relações Institucionais e terá pela frente a difícil missão de administrar uma base ampla e seus variados interesses. Atender os pedidos de mais de 350 deputados e senadores não é tarefa fácil e Mares Guia disse em seu discurso que não espera que todos sempre votem com o governo e que usará o diálogo para superar as divergências. Nas próximas semanas ele já começa uma missão espinhosa, alojar os aliados no comando das estatais do governo sem criar crises de descontentamento.

O novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, terá como principal missão vencer a desconfiança dos empresários que durante os primeiros quatro anos de Lula tiveram um dos seus no comando da pasta. Jorge é jornalista de formação e atuou nos últimos anos como executivo, mas não tem a experiência de comércio exterior de Luiz Fernando Furlan. Além disso, tem como meta manter o volume de exportações e o superávit da balança comercial mesmo com o Real supervalorizado.





Fonte: Terra

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