Secretaria de Direitos Humanos quer providências contra expulsão de moradores de rua no Paraná
“Se é crime o fato de não ter uma ocupação habitual, não ter moradia, então teremos milhões no Brasil nessa situação”, advertiu Montenegro.
Segundo o ouvidor, houve uma denúncia de que os moradores de rua estariam sendo expulsos do município pelos órgãos públicos locais e alguns deles teriam sido inclusive fichados pela Polícia. Os fatos foram noticiados pela imprensa na semana passada.
“Esse tipo de agressão a mendigos, moradores de rua, segue a idéia de fazer uma limpeza étnica e social que é tolerável dentro de um Estado de Direito Democrático”, acrescentou.
O prefeito de Apucarana, Valter Pegorer, explicou que recentemente foram abordadas 15 pessoas. As que eram do próprio município foram reconduzidas a suas casas. Seis delas optaram por viajar para cidades próximas e tiveram as passagens pagas. "Isso não significa enxotar, expulsar ou coisa semelhante", argumentou.
Segundo ele, os moradores estão assustados devido à chegada, à cidade, de pessoas com atitudes "diferentes" – jovens de 20 a 30 anos de idade que se reúnem em grupos e causam transtornos aos cidadãos, além da depredação do patrimônio público.
Pegorer, que foi padre durante oito anos, informou ainda que sempre trabalhou com moradores de rua: "Em hipótese alguma eu deixaria de lado tudo que aprendi ao longo da vida”. No município, lembrou, existem diversos programas de atendimento a pessoas em situação de risco social.
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