Presidente da Câmara de Cáceres decreta censura a colega vereador
"Aqui na Câmara virou uma extensão da prefeitura. Todo projeto que eu apresento, antes de ir à votação eles fazem discussão com o prefeito. Não tem convivência harmônica", diz o vereador Kishi, ex-aliado do prefeito Henry. Segundo ele, o objetivo do bloco governista, principalmente do presidente Celinho, é detoná-lo por hoje atuar na oposição à administração local.
Wilson Kishi disse que havia pedido à assessoria da Câmara que incluísse no site o seu projeto pela criação do Conselho de Transparência. "Ele (Celinho) mandou excluir a matéria na hora e também proibiu que fosse veiculada no Correio Cacerense, inclusive em espaço pago pela Câmara e que deve ser destinado igualitariamente a todos os vereadores", afirmou o parlamentar.
O vereador explica que o Conselho Municipal de Transparência na Administração Pública foi reprovado pelos vereadores em sessão - Mário Tanaka (PP) e Manoel Ferreira, o Manezinho (PFL) estiveram ausentes. Kishi se viu isolado. Pela sua proposta, o prefeito deveria apresentar relatório mensal de todos os recursos oriundos dos governos estadual e federal. Ele observa que, dessa forma, poderia levar à administração a evitar falhas.
Cita exemplo de um contrato da prefeitura com a Arruda e Back Ltda, feito em 11 de agosto do ano passado, com vistas à aquisição de equipamentos e máquinas para atender a secretaria de Obras. O contrato só foi publicado no jornal local em 8 de março deste ano, quase um mês depois de seu vencimento. "Como o prefeito (Henry) não tem respeito para com a Câmara Municipal, pelo menos deveria, por força desse projeto de criação do Conselho de Transparência, prestar conta ao povo", critica Wilson Kishi, revoltado com o boicote.
Comentários