Operação da PM no Rio reduz registro de ocorrências em 55%

O diretor do Departamento de Polícia da capital fluminense, Sérgio Caldas, afirmou que o volume de ocorrências caíu pela metade nesta sexta-feira, em relação a outros dias, por causa da megaoperação promovida pela Polícia Civil em todo o País. "Esse trabalho diminuiu o número de registro nas delegacias em cerca de 55%", destacou.

Segundo o subchefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Ricardo Martins, dois mil homens participaram das atividades em todo o Estado. Os policiais revistaram cerca de 400 veículos e abordaram mais de 600 pessoas. Pelo menos 50 foram presas e 11 menores apreendidos.

Uma das prisões consideradas mais importantes foi a do traficante identificado como Marcelo Abóbora, que estava foragido e é apontado como chefe da Favela Nelson Mandela, no Complexo da Maré, na zona norte da capital. Ele estava num carro com 300 g de maconha e uma granada.

Na capital, foram apreendidas outras duas granadas, além de sete armas, 100 cartuchos de vários calibres, 23 veículos (carros e motos), 6 kg de cocaína e 120 l de querosene. Os inspetores também recuperaram uma carga de 200 kgs de material de limpeza que havia sido roubada. Houve tiroteios nas favelas Parque Alegria, no Caju, e no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte.

Já na Rocinha, na zona sul, os agentes conseguiram apreender um livro com a contabilidade do tráfico. "Isso é importante, pois vamos saber detalhes da movimentação na comunidade", enfatizou o subchefe da Polícia.

No município de Itaboraí, na região metropolitana, um frigorífico foi fechado com seis toneladas de carne de porco com validade vencida. Segundo a polícia, o produto seria vendido em supermercados da área. A carne teria sido comprada já imprópria para o consumo em Santa Catarina. Os responsáveis pelo local foram detidos.

Agentes da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Saúde Pública encontraram um depósito clandestino de cigarros em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Foram apreendidas 70 caixas com 20 mil maços sem o selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).