Homero Pereira, sem avaliar Lula, promete apoio a Stephanes
"Para nós, o fato de ser um ministro do Paraná é excelente. A expectativa é muito boa, ele é conhecedor da administração pública, ele já foi secretário da Agricultura (do Paraná), é um profundo conhecedor do assunto, disse o superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, por telefone. Segundo o dirigente da entidade do Estado que é o maior produtor brasileiro de grãos, o segmento agropecuário do Estado deverá apoiar o novo ministro.
"No que depender do setor... para colaborar, estamos à disposição."
Richen disse ainda que o fato de Stephanes já atuar junto à Frente Parlamentar do Cooperativismo deverá ajudar na relação do novo ministro com as cooperativas agrícolas. "É uma pessoa que a gente tem contato."
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), o deputado federal Homero Pereira (PR-MT), também prometeu apoio ao novo ministro, apesar de Stephanes não ser considerado por ele um militante da agricultura no Estado.
"Por princípio, temos a intenção de ajudar, não tem por que a gente não apoiar, obviamente que tínhamos as nossas preferências, pela militância, mas tendo em vista que ele foi nomeado vai ter todo o nosso apoio."
Pereira é um dos articuladores na Câmara do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, um dos maiores produtores de soja do Estado, que é o principal produtor da oleaginosa no Brasil.
Pereira evitou ainda avaliar a escolha do presidente Lula, explicando que Stephanes estava em uma lista preparada pelo PMDB. "O presidente tinha compromisso partidário com o PMDB."
DESAFIOS
O deputado considerou que o ministro terá uma série de desafios na Agricultura, como a criação de novos instrumentos para o financiamento da safra e também a implantação de políticas que garantam a renda do agricultor.
Questões relacionadas à aprovação de novos grãos transgênicos também devem desafiar o novo ministro, na opinião de Pereira.
Nesta manhã, quando ainda só havia uma forte indicação de que Stephanes assumiria o ministério, o presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) e da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, comentou que o deputado do PMDB teria uma série de desafios, principalmente porque a Agricultura é um departamento do governo que tem que lidar com vários outros setores da administração pública.
"O nosso maior problema é a falta de dinheiro para investimento em infra-estrutura do agronegócio. Há regiões extremamente importante na produção com estradas deploráveis", disse Lovatelli, acrescentando que a esperança é o novo ministro "alavanque" a logística no setor.
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