Deputado Carlos Bezerra defende redução de juros para o setor agrícola
A tese de redução da taxa de juros foi lançada pelo Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), por suas federações e demais entidades que atuam em defesa do agropecuarista brasileiro.
Bezerra lembrou que a atual safra de grãos 2006/2007, em plena colheita, prenuncia-se como a maior da história brasileira. Porém, "deve-se isso muito mais à operosidade do agricultor brasileiro e às boas condições climáticas do que às condições econômicas", afirmou.
Segundo o deputado, o agricultor brasileiro atua sob fortes restrições econômicas, particularmente a baixa renda obtida nas exportações decorrente do câmbio desfavorável e das barreiras protecionistas; e ainda o custo elevado da produção, pela carga tributária dos insumos e dos combustíveis.
A taxa de juros com a qual se financia o setor agropecuário não é a da política oficial de crédito rural, hoje em 8,75% ao ano, disse Bezerra. "A grande maioria dos agricultores custeia suas atividades produtivas recorrendo ao financiamento oficial, que por ser insuficiente é complementado por recursos próprios e ainda por bancos privados e empresas fornecedoras de insumos", observou.
Bezerra lembra que, no atual ritmo, o agricultor brasileiro estaria submetido a juros de mercado, com elevadas taxas reais, o que poderia inviabilizar economicamente a atividade agrícola. "Passa da hora de mudar-se a política de juros do crédito rural", defendeu.
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