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Politica Brasil
Quarta - 21 de Março de 2007 às 16:15
Por: Catarine Piccioni

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Primeiro suplente do PSDB na Assembléia Legislativa, o empresário Carlos Avalone Junior, que vai assumir nesta quarta-feira a cadeira deixada por Guilherme Maluf, afirmou que desconhece qualquer processo contra ele em alguma instância jurídica. No entanto, ele aparece como réu em uma ação penal por crimes contra o sistema financeiro nacional e apropriação indébita previdenciária, além de outros três processos que também são conduzidos pela Justiça Federal, sendo um de improbidade administrativa.

"Houve a Arca de Noé (operação). Fui chamado para prestar esclarecimentos. Colaborei com a Justiça, com os Ministérios Públicos. Abri meus sigilos bancário, telefônico e fiscal. Meus sigilos sempre estiveram à disposição, mas parece que quando se abre, ninguém quer ver. Mas eu continuo à disposição para esclarecimentos", declarou Avalone Junior, que comandou as secretarias de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e a de Turismo durante a administração tucana entre 1995 e 2002. Ele foi coordenador financeiro da campanha do governador Dante de Oliveira à reeleição, em 1998.

Em depoimento à Justiça, o ex-gerente da Confiança Factoring Nilson Roberto Teixeira disse que a factoring recebia dinheiro da Assembléia Legislativa para pagar despesas de campanha de Dante de Oliveira à reeleição e de deputados estaduais. À época, o deputado suplente e o ex-diretor do extinto DVOP (Departamento de Viação de Obras Públicas), José Carlos Novelli, que é atual presidente do Tribunal de Contas do Estado, faziam acerto na factoring para os pagamentos. Chefe do crime organizado e dono da empresa, João Arcanjo Ribeiro teria recebido ao menos R$ 5,9 milhões por meio do esquema.

Quase cinco anos após a deflagração da Operação Arca de Noé, Avalone Junior disse que vai tentar honrar os 13.800 votos obtidos em outubro e tentar diminuir as desigualdades regionais. "Cumpri meu dever como gestor publico e agora quero continuar defendendo as bandeiras que sempre defendi. Valorizar também o ramo empresarial. O governo não terá dificuldades em aprovar mensagens que forem do interesse do povo", afirmou.

"Não estou PSDB, eu sou PSDB. Fui secretário durante dez anos e tenho a responsabilidade de não contestar minha própria história", disse, ao ser questionado sobre a postura que vai adotar na Assembléia Legislativa ao lado da ex-vereadora Chica Nunes. Avalone Junior não confirmou a existência de um "acordo de rodízio". Segundo ele, o fato de tomar posse na Assembléia hoje é conseqüência do entendimento com Guilherme Maluf, que "sabe da obrigação de ajudar a gestão do prefeito Wilson Santos e, por isso, assumiu a secretaria de Saúde de Cuiabá". "Quero aprender humildemente os caminhos do parlamento", concluiu.





Fonte: Olhar Direto

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