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Politica Brasil
Quarta - 21 de Março de 2007 às 16:07

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O empresário Carlos Avalone Júnior, PSDB, ex-secretário de Estado no período em que Mato Grosso era governado por Dante de Oliveira, morto em junho passado, assume o seu primeiro mandato de deputado estadual já com um discurso favorável ao governador Blairo Maggi, do PR. Avalone substitui Guilherme Maluf, do PSDB, que trocou o mandato nesta quarta-feira pelo posto de secretário municipal de Saúde.

“Se os projetos (apresentados pelo governo) interessarem à população, claro, serei favorável”, disse Avalone, cuja intenção inicial não é a de se opor ao governo. “Preciso ser humilde, aprender mais sobre o legislativo”, ponderou. Vinte e quatro deputados compõem o Poder Legislativo mato-grossense. Até agora, pelo menos no discurso, nenhum deputado mostrou-se contrário aos projetos do governo Maggi.

Sua estréia no Poder Legislativo ocorre na sexta-feira, quando participa de uma audiência que vai discutir o Projeto Pantanal, um mega plano de proteção ambiental e desenvolvimento a ser implantado em Mato Grosso cujo custo alcança a cifra de R$ 200 milhões.

Esse programa, no entanto, é debatido desde 1995 e, até agora, apenas R$ 5 milhões foram liberados. Avalone conhece o projeto por ter sido secretário da Indústria, Comércio e Mineração do Estado.

Um outro dado que favorece a relação do novo deputado com o governador: eles são parceiros num projeto de exploração de PCH (Pequenas Centrais Hidrelétricas).

Embora tocando projetos diferentes, Avalone, que é dono da MCA Energia, faz estudos sobre usina no rio Juruena, mesmo explorado pela AMaggi, empresa da família do governador.

O nome de Avalone também aparece nas investigações conduzidas pela Polícia Federal sobre um suposto empréstimo feito pelo PSDB na Confiança Factoring, empresa de João Arcanjo Ribeiro, preso por ser apontado pelo Ministério Público Federal como o chefe do crime organizado em Mato Grosso.

O empréstimo, negociado por Avalone, teria servido para cobrir gastos de campanhas eleitorais dos tucanos. Hoje a Confiança Factoring não existe mais. Seu dono, Arcanjo, fora condenado por ter usado essa empresa para lavar dinheiro, sonegar impostos e mandar dinheiro para o exterior sem que a Receita Federal soubesse.





Fonte: Midia News

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