Após 2 anos, PSDB tem principais cargos
Até fevereiro deste ano, as secretarias de Educação e de Saúde eram comandadas por indicações políticas e pessoais e de partidos aliados do gestor municipal. Numa completa mudança de estratégia-foco, apesar da vulnerabilidade de ambas, os dois setores ficam com a maior fatia do orçamento do município.
Passados dois anos e dois meses de gestão, só neste terceiro ano o PSDB está no comando da maioria dos cargos de primeiro escalão, seja por indicação pessoal do prefeito ou por respaldo do presidente regional do partido, ex-senador Antero Paes de Barros.
A massificação do PSDB no governo ocorre justamente no período em que a administração está sendo criticada de forma incisiva até por políticos aliados nos dois primeiros anos de gestão, além de vereadores que estão deixando a bancada de sustentação.
O prefeito Wilson Santos culpa a eleição para a prefeitura do próximo ano. No seu entendimento, os adversários estão antecipando a disputa que se dará no próximo ano.
Apesar do reforço do PSDB na administração da Capital, duas pastas são comandadas por militantes do partido: Finanças e Infra-estrutura, lideradas por José Carlos de Carvalho, o Zé do Nordeste, e Andelson Gil do Amaral, respectivamente, que são amigos pessoais do prefeito, há pelo menos duas décadas, e que acompanha Wilson nas suas andanças partidárias.
Amigo de prefeito na história política recente, Guilherme Maluf desde que foi eleito vereador pela Capital buscou aproximação com o chefe do Executivo da Capital. Mesmo contrário à posição do seu partido, na época, o PFL, Maluf buscou neutralidade no segundo turno da eleição, na qual o atual prefeito enfrentou o petista Alexandre Cesar, que oficialmente recebeu o apoio do PFL.
Já no primeiro ano de gestão, Maluf foi líder do prefeito na Câmara, função quer aflorou sua habilidade política. Neste período, as queixas dos vereadores contra o chefe do Executivo, no Legislativo, eram menores se comparado com o último ano.
O ano passado, Wilson escolheu o vereador Ivan Evangelista (PPS) para ser líder na Câmara. Neste período, o partido fazia parte da base de sustentação do prefeito, embora abrigasse o governador Blairo Maggi, com quem Santos já não mantinha o bom relacionamento por conta de questões eleitorais pontuais.
Além de Ivan, formavam a bancada do PPS Francisco Vuolo e Helny de Paula. Este último se afastou do Legislativo para ocupar a presidência da MT Gás. No seu lugar ficou o primeiro suplente Francisco Amorim, o Chico 2000, então PPS, que até o afastamento de Helny da Câmara ocupa a Secretaria-adjunta de Infra-estrutura. Porém, exceto Ivan, os demais aderiram ao PR do governador Blairo Maggi e, conseqüentemente, se afastaram da gestão Wilson.
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