Pagot e Nascimento agora têm chances reduzidas de assumir cargos

Em conversas reservadas com amigos, empreiteiros e lideranças políticas, o atual secretário de Educação, Luiz Antonio Pagot, já tem admitido que "hoje são reduzidas as suas chances de ir para a diretoria do Departamento Nacional de Infra-estrutura (Dnit)", apesar de ele ainda ter esperanças de ser o substituto de Mauro Barbosa da Silva, atual diretor do órgão.

Aliás, nos bastidores já se comentam que "até mesmo as chances do senador Alfredo Nascimento (PR-AM) em assumir o Ministério dos Transportes ficaram mais reduzidas com a pressão dos líderes do Sudeste".

Em relação a Pagot, pesa o fato de três correntes político-partidárias - duas do próprio Partido Republicano (PR) e uma do PMDB - serem a favor de outros nomes do eixo Minas Gerais-São Paulo para o Dnit.

Já contra Nascimento, as denúncias feitas pela mídia de que o Ministério dos Transportes já se transformou num reduto de cooptações mediante o pagamento de mesadas e promessas de cargos federais naquela pasta e no Dnit, em fatos que relembram o tragicômico episódio do mensalão (que consistia no pagamento de uma mensalidade de R$ 30 mil para os parlamentares do PTB, PL e outros partidos cooptados para a base governista).

"O fato é que as resistências aos nomes de Pagot e do Alfredo aumentaram muito nos últimos dias. Tanto é que até a tarde de hoje (segunda-feira) não houve uma sinalização positiva do presidente Lula, que foi o responsável direto pelo convite a ambos", disse um empreiteiro amigo do secretário de Educação.