Pesquisa revela que mais de 10% dos cuiabanos estão obesos

O resultado de uma pesquisa faz um alerta sobre os hábitos de saúde dos cuiabanos. Alimentação incorreta e falta de atividade física provocam o surgimento de doenças crônicas.

O resultado de muita gordura, sal e pouco exercício aparece numa pesquisa feita em todo o país. O Ministério da Saúde ouviu moradores das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal. Por meio de entrevistas telefônicas foram levantados dados sobre doenças, alimentação e atividades físicas. Em Cuiabá, por exemplo, foram ouvidas mais de duas mil pessoas.

Cuiabá está entre as três capitais com maior percentual de adultos obesos: 13,6% dos entrevistados estão com excesso de peso. Apenas 21,7% consomem frutas e hortaliças cinco ou mais dias por semana. Em relação ao consumo de carne com excesso de gordura um índice preocupante: 51,7% dos entrevistados, um dos maiores percentuais entre as capitais pesquisadas. Somente 16,9% dos entrevistados disseram que praticam alguma atividade física e 20,7% tem hipertensão arterial. No caso do diabetes, Cuiabá tem um dos percentuais mais baixos, com apenas 3,8% dos entrevistados.

O médico Werley Peres alerta: nunca é tarde para mudar o estilo de vida e prevenir doenças. "Tanto hipertensão quanto diabetes estão relacionados à obesidade. A primeira coisa é ter uma alimentação saudável. Fazer atividades físicas com freqüência, ou sjea, no mínimo três vezes por semana. Diminua a ingestão de sal, diminua a ingestçao de álcool e diminua a ingestão de gordura", recomenda o médico.

Há 17 anos, a dona-de-casa Terezinha Ferreira de Miranda descobriu que estava doente. O diagnóstico apontava hipertensão e diabetes. Buscou tratamento médico e apostou na mudança de hábitos. "Boa alimentação, evito passar nervoso, evito perder sono e faço caminhada", disse. Hoje, ela está com a doença controlada.

Nas academias, aos poucos, os sedentários começam a aparecer preocupados com a saúde. A funcionária pública Valdeci Rodrigues Soares nunca tinha feito atividade física até ser orientada por um médico. "Agora estou gostando bastante. Alivia muito as dores, é muito bom".

"A atividade física entra como qualidade de vida. Essa qualidade de vida vai sendo adquirida em outros aspectos também, que são a saúde e a estética propriamente dita", frisou Victor Hugo de Siqueira, professor de Educação Física.