Alves se diz otimista com possível 4ª pasta ao PMDB
"No encontro que tivemos, o próprio presidente nos disse que promoveria o equilíbrio entre a bancada do Senado, que tem dois ministros, e a da Câmara. Consideramos que esse é um assunto decidido pelo presidente", disse Henrique Alves. Na bancada do PMDB, no entanto, o clima relacionado ao tema é outro. Causou irritação o pedido insistente do Palácio do Planalto aos deputados para apadrinharem a indicação do médico José Gomes Temporão para o cargo de ministro da Saúde.
Além disso, os deputados advertiram o líder de que empossar o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) como ministro da Integração Nacional não resolve o problema da bancada, apenas o dos nordestinos. Os deputados pediram a Geddel que, se o presidente Lula mantiver a oferta de apenas um ministério, recuse a proposta e explique que todos preferem se manter fora do Executivo federal e numa posição de independência em relação ao governo.
Henrique Alves deixou claro que não vai pressionar o presidente, mas, ao mesmo tempo, concordou com a reivindicação, lembrando que o PMDB, com 93 deputados próprios e integrante de um bloco com o PSC que totaliza 101 parlamentares, não pode ter o mesmo tratamento que PDT e o PTB, que têm apenas 20 deputados cada um.
Os deputados que procuraram o líder do PMDB hoje para tratar do assunto insistiram na tese de que, do ponto de vista numérico, um PMDB vale cinco PDTs. Ontem à noite, o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, convidou, em nome de Lula, o presidente do PDT, Carlos Lupi, para assumir o cargo de ministro da Previdência Social.
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