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Politica Brasil
Quarta - 14 de Março de 2007 às 15:07

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Por pouco não terminou em agressão física a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara convocada para julgar o pedido de arquivamento da CPI do Apagão. Levando adiante a estratégia oposicionista de obstruir as votações na CCJ, o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) partiu para cima do presidente da comissão, o peemedebista Leonardo Picciani (RJ).

Zenaldo contestava a decisão de Picciani de negar a retirada do pedido de verificação de quorum, feito pelo próprio deputado paraense. "Peço a retirada. Eu tenho o direito", protestou. A verificação de quorum foi solicitada porque os deputados haviam aprovado, simbolicamente, requerimento para votar o pedido de arquivamento da CPI, apresentado pelo PT. Diante da aprovação simbólica, Zenaldo pediu a votação nominal do pedido. A oposição se declarou em obstrução, ou seja, os seus votos deixaram de contar para efeito de quorum.

Mas, como na votação nominal, os governistas também caminhavam para a vitória, o tucano solicitou a retirada do pedido. Solicitação negada por Picciani. Zenaldo não aceitou a recusa, deixou sua cadeira e se deslocou até a Mesa Diretora. "Vossa Excelência desça da Mesa", determinou o presidente da CCJ. "Eu tenho o direito", repetiu Zenaldo. Irritado, Picciani se levantou e encarou o colega.

"Deputado Zenaldo Coutinho, volte para o seu lugar. No tempo oportuno, Vossa Excelência terá a palavra. Respeite a Mesa e o regimento", insistiu. Diante da negativa do colega, Picciani ameaçou entrar com pedido de cassação contra o deputado paraense por quebra de decoro parlamentar. "Vou representar Vossa Excelência no Conselho de Ética", gritou.

Convencido por parlamentares do governo e da oposição, Zenaldo voltou ao seu lugar. O requerimento para que a CCJ vote o pedido do PT foi aprovado por 41 votos a um.





Fonte: Congresso em Foco

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