Oposição derruba votações no Congresso e promete obstruir trabalhos
Irritados, os governistas acusaram o PSDB, PFL e o PPS de prejudicarem a sociedade brasileira ao impedirem a votação de uma série de projetos reivindicados por entidades dos direitos das mulheres --como o que endurece as penalidades para quem divulga imagens de exploração sexual de crianças e adolescentes. Além dos projetos, duas medidas provisórias e a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com o voto secreto na Câmara estão na pauta da Casa.
"É uma derrota da sociedade. Por conta da birra da oposição, não votamos projetos de interesse do país", criticou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
O deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO) rebateu os argumentos dos governistas. "Essa é uma maneira de falsear um gesto violento que eles praticaram como maioria. O que é mais importante: os projetos que aí estão ou as vidas que foram ceifadas no acidente da Gol?", questionou.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), reconheceu que os trabalhos da Câmara foram prejudicados com a obstrução efetivada pela oposição. "Do ponto de vista de que vínhamos conseguindo produzir, a semana começa com dificuldades. Sob esse aspecto, há comprometimento. Mas [a obstrução] é regimental, portanto, é democrática", disse.
Os oposicionistas prometem manter a obstrução dos trabalhos até a instalação da CPI do Apagão Aéreo. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara deve julgar amanhã recurso apresentado pelo PT pedindo que a CPI não seja instalada.
O STF (Supremo Tribunal Federal) também analisa recurso apresentado pela oposição que, ao contrário dos governistas, pede a instalação da CPI.
Comentários