Deputados retomam debate sobre CPI do Apagão
A oposição quer que o STF fique com a decisão e por isso insiste na estratégia de obstruir a votação da mesma forma que decidiram obstruir qualquer votação na Câmara e que impediu as votações em plenário na terça-feira. Hoje, na CCJ, a estratégia servirá para que não se vote o relatório do deputado Colbert Martins (PMDB-BA) que acata o recurso apresentado pelo PT.
No início da reunião o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) criticou a posição do presidente da CCJ, Leonardo Pisciani (PMDB-RJ), que convocou sessão extraordinária especialmente para votar a instalação da CPI.
"A estratégia é obstruir. Vamos infernizar a vida do presidente. Ele passou esse recurso na frente de vários projetos que estavam para ser votados nesta comissão. Isso é uma arbitragem", disse ACM Neto. Pisciani respondeu: "A CCJ é um órgão técnico. Não é lugar de destempero ou de destemperado".
A CPI do Apagão Aéreo foi proposta na semana passada pelo PSDB, PFL e PPS e chegou a ser instalada pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O PT, através de seu líder, Luiz Sérgio, apresentou um recurso levando a decisão sobre a instalação para a CCJ, uma manobra prevista no regimento da Casa. Ao mesmo tempo, o PT apresentou um requerimento de efeito suspensivo da instalação da CPI até que a CCJ julgue o recurso. A suspensão foi aprovada pelo plenário.
A oposição espera agora que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida pela instalação. PPS, PSDB e PFL entraram com um mandado de segurança, com pedido de liminar protocolado na última segunda-feira.
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