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Politica Brasil
Quarta - 14 de Março de 2007 às 08:53

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Depois de atravessar os últimos dois anos da legislatura passada investigando parlamentares corruptos nas CPIs dos Sanguessugas e do Mensalão, o deputado Fernando Gabeira(PV-RJ) está sendo acusado por dois colegas do próprio partido de quebra do decoro e terá que se explicar ao corregedor-geral da Câmara, Inocêncio de Oliveira (PR-PE), encarregado de emitir um parecer sobre a polêmica.

O motivo foi a entrevista que Gabeira deu à revista Playboy de fevereiro, chamando a bancada de novatos do seu próprio partido de estelionatários eleitorais: “O problema da bancada do PV é que ela é modestamente estelionatária. Ela foi eleita com um discurso de independência, usando inclusive a minha imagem, mas logo caiu nos braços do governo. Eles querem pouca coisa: cargos, verbas e emendas”.

As duas representações, oficializadas no dia 15 de fevereiro na Presidência da Câmara, foram apresentadas pelos deputados Roberto Santiago (PV-SP) e Sérgio Nechar (PV-SP), que se sentiram ofendidos com as declarações. “Não conheço o Gabeira e ele não me conhece. Na minha base eleitoral ele é um ilustre desconhecido. Espero providências da direção da Câmara porque me senti ofendido”, justificou o deputado Santiago. Ele prometeu processar o colega por injúria e difamação.

O deputado Nechar, um médico com base eleitoral entre os evangélicos, negou que tenha indicado algum funcionário para o governo e garantiu que fez campanha como candidato independente. “Ele não me conhece, não sabe de onde venho e qual é a minha base. Não tenho cargo no governo, no Congresso ou no partido. Me senti ofendido e o resultado disso é que a bancada foi enlameada”, protestou Nechar. Os dois deputados sugerem uma advertência como punição a Gabeira.





Fonte: Correio Web

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