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Tecnologia
Terça - 13 de Março de 2007 às 14:21

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O conglomerado de mídia Viacom divulgou nesta terça-feira (13) ter aberto um processo contra o Google, pela divulgação de conteúdo protegido no site de vídeos YouTube. A Viacom quer US$ 1 bilhão da gigante que comprou o YouTube, em outubro do ano passado, por US$ 1,65 bilhão.

Segundo o processo aberto em um tribunal de Nova York, há atualmente cerca de 160 mil arquivos de vídeos da Viacom na página de vídeos. Esse material, protegido pela lei dos direitos autorais, teria sido visto mais de 1,5 bilhão de vezes. Entre as companhias da Viacom estão Dreamworks, MTV, Nickelodeon e Paramount Pictures.

“A estratégia do YouTube é evitar medidas pró-ativas para impedir esse tipo de crime no site. O modelo de negócios deles, baseado na construção de tráfego para a venda de anúncios relacionados com conteúdo protegido, é ilegal e cria conflitos”, afirmou um comunicado da Viacom. Segundo a companhia, a decisão de processar o YouTube foi tomada depois de “muita negociação improdutiva”.

Ricardo Reyes, porta-voz do Google, afirmou em comunicado que a companhia não recebeu o processo, “mas está confiante de que o YouTube respeita os detentores de direitos autorais e acredita que os tribunais vão concordar com isso. Certamente, não vamos deixar que esse processo se torne um problema para o crescimento contínuo do site", disse.

No início de fevereiro, a Viacom divulgou ter solicitado a remoção de mais de 100 mil arquivos, após não ter alcançado um acordo de distribuição com a companhia responsável pela página de vídeos.

Polêmicas

Desde que começou a ganhar popularidade, o YouTube vem causando polêmica relacionada a direitos autorais -- como os próprios internautas postam conteúdo, a página não tem controle sobre os vídeos disponíveis em seus arquivos. Desta forma, o site se protege de processos excluindo os vídeos protegidos quando isso é solicitado pelos detentores dos direitos autorais (casos de gravadoras e estúdios cinematográficos).

Além disso, também fez parceria com diversas empresas de mídia, como Warner Music, Universal Music e Sony BMG, para ganhar o direito da exibição de seu conteúdo -- no caso das gravadoras, a exibição de videoclipes.

Recentemente, Eric Schmidt, diretor-executivo do Google, admitiu que a companhia considera o uso de filtros antipirataria no YouTube. “Sem dúvidas estamos muito comprometidos com a oferta de tecnologias para a proteção dos direitos autorais. Essa é uma das maiores prioridades da empresa e vai se tornar realidade muito em breve”, disse.

Além de processos, o YouTube também já foi envolvido em polêmicas por conta da censura no Brasil e na Turquia. No primeiro caso, o bloqueio realizado em janeiro estava ligado à divulgação de imagens da modelo e apresentadora Daniella Cicarelli em cenas picantes. Já na Turquia, a página foi censurada por dois dias depois de divulgar ofensas ao líder Mustafa Kemal Ataturk, morto em 1938.





Fonte: G1

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