Irmão de PC Farias volta à Câmara Federal
Conhecido como Gerônimo da Adefal (Associação dos Portadores de Deficiência Física de Alagoas), o deputado era portador de deficiência física e tinha a saúde frágil. Ele morreu ontem, às 3h30, em Brasília, vítima de pneumonia. Estava internado no Hospital Santa Lúcia desde quarta-feira.
A assessoria de Farias disse ontem que o ex-deputado estava muito abalado com a morte de Gerônimo da Adefal, de quem era amigo, e que não iria falar sobre o novo mandato. Ele deverá aguardar a comunicação da Câmara sobre o cargo antes de ir a Brasília.
Segundo a assessoria, Farias deve integrar a base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Legislativo federal. Na eleição passada, ele teve 67.912 votos para deputado federal, mas não conseguiu se eleger.
Em 1999, o ex-deputado chegou a ser indiciado pelo assassinato de PC Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino. Ele sempre negou a acusação.
PC Farias foi tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello à Presidência da República, em 1989, e foi acusado de ter comandado um esquema de corrupção dentro do governo. Ele e a namorada foram encontrados mortos, a tiros, no dia 23 de junho de 1996, em Maceió.
Em novembro de 2002, o inquérito contra Augusto Farias foi arquivado pelo STF por recomendação do então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro. Em 2003, Farias chegou a ser preso no Pará acusado de explorar trabalho escravo numa fazenda da família.
Talidomida
Gerônimo da Adefal foi uma das vítimas no país da talidomida --medicamento usado na década de 50 para controlar ansiedade e náuseas e que, tomado durante a gestação, causava má-formação ou ausência de membros no feto. A talidomida foi proibida no Brasil em 1965.
O corpo do deputado chegou ontem a Maceió. Ele será enterrado no cemitério Parque das Flores.
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