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Politica Brasil
Domingo - 11 de Março de 2007 às 15:02

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O presidente do PMDB, Michel Temer, chegou à convenção do partido no fim da manhã deste domingo e defendeu que o partido tenha uma candidatura própria à Presidência da República em 2010, desde que ela esteja em harmonia com a coalizão de governo. Segundo Temer esta é, inclusive, a proposta de outros partidos que integram o conselho político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O partido vai ter uma candidatura própria e dentro da coalizão. Nosso desejo é que tenhamos um candidato à Presidência apoiado por todos os partidos da coalizão. O PMDB é o maior partido e é evidente que vamos postular essa candidatura", afirmou.

Ontem, o ex-ministro e deputado federal José Dirceu (PT-SP) afirmou que o candidato à sucessão do presidente Lula pode não sair do PT, mas de um dos partidos que compõem a base aliada do governo. "Acho que a aliança do PMDB com o PT é a chave para uma coalizão, não só para dar governabilidade, mas para eleger o sucessor do presidente Lula", afirmou.

A idéia conta com o apoio de outros peemedebistas, como o ex-ministro das Comunicações Eunício de Oliveira (CE) e o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto, que disputou uma possível indicação da legenda para as eleições de outubro do ano passado. "O PMDB já ficou muito tempo a reboque de outros partidos", disse o gaúcho.

No entanto, há setores do partido que acham que este não é o melhor momento para discutir uma candidatura própria. É o caso do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, que disputou a indicação da legenda para concorrer à Presidência da República no ano passado. "Não é o momento oportuno para tratar disso. Temos que esperar mais um pouco. Hoje o momento é para celebrar a vitória do presidente Temer", afirmou.

Presença petista

A convenção do PMDB conta com uma presença petista. O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (SP), participou do encontro do maior partido da base aliada do governo. Ele disse que foi agradecer pelo apoio prestado em sua eleição para a presidência da Casa.

Sem mencionar a presença de Chinaglia, Garotinho afirmou que o partido deve rejeitar a "intromissão" do PT. "O PMDB não faltará ao presidente (Lula) em qualquer proposta para o crescimento do País, mas o PMDB não será uma sucursal do PT. Não devemos admitir uma intromissão na questão interna".

Convenção

O PMDB deve reconduzir Temer ao cargo hoje, mas a eleição provocou um racha no partido com a desistência de Nelson Jobim da disputa. Ele reclama de uma suposta interferência do governo a favor de Temer, o que provocou reações de alguns líderes do partido aliados ao ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

A convenção do PMDB que começou às 9h e tem previsão de ser concluída às 17h, quando começa a apuração dos votos. Estão aptos a votar 558 convencionais, entre senadores, deputados federais, integrantes dos conselho e diretório nacionais e delegados. No total, serão 775 votos, uma vez que o partido dá o direito do voto cumulativo para alguns filiados.





Fonte: Terra

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