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Politica Brasil
Domingo - 11 de Março de 2007 às 07:54

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O PMDB deve reconduzir o atual presidente, Michel Temer, ao cargo na convenção deste domingo em Brasília. Mas a eleição provocou um racha no partido com a desistência de Nelson Jobim da disputa. Ele reclama de uma suposta interferência do governo a favor de Temer, o que provocou reações de alguns líderes do partido aliados ao ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Um grupo liderado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, chegou a anunciar o boicote de todos os governadores à convenção. Mas o próprio Cabral mudou de idéia na quarta-feira e resolveu apoiar a recondução do atual presidente.

No entanto, o presidente do Senado, Renan Calheiros, confirmou na quinta que haverá boicote. Na conta de Calheiros, dos 20 senadores do partido, 17 não comparecerão à convenção, entre eles José Sarney. Calheiros conta também com a ausência do governador do Amazonas, Eduardo Braga. "Não vamos participar de nada. A chapa de Temer não representa a unidade do PMDB. Não representa nem a metade do partido", disse.

O desconforto entre o grupo que apoiava Jobim ocorreu no início da semana, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu no Planalto o deputado Geddel Vieira Lima (BA), nome mais cotado para ocupar o Ministério da Integração Nacional. Lula teria dito a Geddel, apoiador de Temer, que o PMDB da Câmara terá um Ministério. A atitude foi interpretada por Jobim e seu grupo como uma "ação objetiva do governo", para demonstrar sua preferência por Temer.

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, negou que o Palácio do Planalto tenha interferido na disputa. "Conversei por telefone com o ministro Jobim. Não existe isso de interferência do governo, nunca existiu", disse Genro.

Base aliada

Mesmo que a divisão do partido tenha sido causada pela suposta interferência de Lula, os líderes do PMDB negam que isso possa prejudicar o governo. Calheiros fez questão de ressaltar que não haverá, de sua parte, retaliação nas votações no Senado. "Relação com o governo é uma coisa, atividade do Senado é outra".

O senador Valdir Raupp (RO) afirmou que, hoje, o PMDB estaria "quase meio a meio" e que "sempre ficam algumas seqüelas, mas nada que possa prejudicar o governo.

Convenção

A convenção do PMDB que começou às 9h e tem previsão de ser concluída às 17h, quando começa a apuração dos votos. Estão aptos a votar 558 convencionais, entre senadores, deputados federais, integrantes dos conselho e diretório nacionais e delegados. No total, serão 775 votos, uma vez que o partido dá o direito do voto cumulativo para alguns filiados.





Fonte: Terra

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