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Meio Ambiente
Sexta - 09 de Março de 2007 às 13:49

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A União Européia (UE) chegou a um acordo com metas "ambiciosas e dignas de crédito" para combater a mudança climática e as necessidades energéticas do bloco, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, após uma reunião de líderes da UE.

O acordo compromete a Europa com cortes obrigatórios na emissão de gases do efeito estufa e exige que um quinto da energia consumida no bloco venha de fontes "verdes", como painéis solares e turbinas de vento. Num gesto polêmico, o acordo reconhece o papel da energia nuclear no combate às emissões de gás carbônico.

"Esta é uma diferença qualitativa nova, em termos da questão das fontes de energia", disse Merkel, ao anunciar o plano, que requer que as emissões de gases do efeito estufa caiam, até 2020, em 20% em relação aos níveis de 1990, e que 20% da energia do bloco venha de fontes renováveis, uma elevação tremenda em relação ao nível atual, de pouco mais de 6%.

Contrariando um parecer científico recente, Merkel disse acreditar que ainda é possível evitar que a elevação global da temperatura supere os 2º C. "Podemos evitar o que poderá ser uma calamidade humana". O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, afirmou que o acordo mostra que a Europa é capaz de dar passos firmes na questão do aquecimento global.

"Podemos dizer ao restante do mundo, a Europa está assumindo a liderança, vocês deveriam se unir a nós para combater a mudança climática", disse ele. Líderes europeus esperam que esses compromissos encorajem outros grandes poluidores, como os EUA e a China, a assumir corte profundos nas emissões de carbono. Merkel pretende apresentar o plano europeu nu ma reunião do G8, que reúne as sete principais economias industriais do mundo, e a Rússia.

Lâmpadas

Além do plano de metas para o futuro, a cúpula européia geriu uma sugestão concreta para o combate ao aquecimento global: estimular o uso de lâmpadas mais econômicas. Líderes da UE pedirão que seja criado um plano para promover o uso de lâmpadas fluorescentes, segundo o exemplo de países como o Chile e a Austrália, que estão eliminando as lâmpadas incandescentes.

"Precisamos dar às pessoas tempo para trocar todas as lâmpadas. Não estamos dizendo que elas têm de jogar todas as lâmpadas que têm em casa fora, mas todo mundo deveria começar a pensar no que está nas lojas", disse Merkel.





Fonte: Estadão

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