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Cidades/Geral
Sexta - 09 de Março de 2007 às 11:26

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A Agência Nacional de Águas (ANA) agora participa ativamente da campanha ‘Y Ikatu Xingu, que pretende proteger e recuperar as nascentes e matas ciliares do rio Xingu no Mato Grosso. No dia 6 de março, em Brasília, o órgão federal e o Instituto Socioambiental (ISA), uma das entidades civis que integram a mobilização, assinaram um termo de cooperação técnica para a realização de uma série de ações envolvendo o monitoramento e a gestão da água na região. Estão previstos a instalação de estações de observação e coleta, estudos sobre a quantidade e a qualidade da água, entre outros. Já a partir deste mês começa o levantamento de dados no local.

De acordo com Bruno Pagnoccheschi, diretor de Projetos da ANA, um dos maiores desafios do trabalho será o diálogo com as comunidades locais, já que a agência conhece pouco a região. “Daí a importância da parceria com o ISA e a campanha, que têm uma boa experiência na mobilização e interlocução com os diversos atores sociais”. Bruno considera que há grande possibilidade de que a ANA desenvolva outras iniciativas no nordeste do Mato Grosso a partir da cooperação técnica. Ele também lembrou que os dados coletados e as articulações feitas com as comunidades e organizações locais servirão de subsídio para a elaboração do plano de recursos hídricos da Bacia do Xingu, cujo estudo deve ser iniciado pela agência neste ano.

“A campanha é uma oportunidade para facilitar o acesso da agência aos atores locais e ao cenário concreto local”, afirmou Márcio Santilli, coordenador da campanha pelo ISA. Ele espera que a ANA possa reforçar e multiplicar os efeitos das iniciativas da mobilização que já estão em andamento, como o projeto da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) voltado também ao monitoramento da água, planejamento do uso e ocupação do solo, entre outros temas (saiba mais). “Queremos que a agência esteja na região e também ande com suas próprias pernas.

Garantir quantidade adequada e a qualidade da água é o objetivo da campanha ‘Y Ikatu Xingu. Já foram relatados casos de intoxicação com a água dentro do Parque Indígena do Xingu. Alguns testes também já identificaram a contaminação por fezes em um rio da região (confira).

Adiado o inicio do processo de formação de agentes de assistência técnica e extensão rural (Ater) na Bacia do Xingu Em função do final do período chuvoso e do início da colheita, foi adiada a primeira etapa do processo de formação de agentes de assistência técnica e extensão rural que começaria no dia 16 de março, em Guarantã do Norte. Agora, o primeiro módulo está previsto para julho, em Guarantá do Norte, e o segundo em outubro, em Confresa ou Porto Alegre do Norte. A formação é gratuita, oferece hospedagem, alimentação e transporte e é uma iniciativa da campanha 'Y Ikatu Xingu. O processo vai acontecer em oficinas presenciais (com participação obrigatória) e períodos "entre-módulos", quando serão desenvolvidas atividades práticas orientadas por um grupo de técnicos, monitores e consultores contratados.

As inscrições foram prorrogadas até 1º de maio de 2007. Estão sendo oferecidas 30 vagas para agentes de extensão rural (Ater) oficial, do estado e das prefeituras e prestadores de serviço de Ater que atuam nos municípios da Bacia do Xingu (confira abaixo mais informações sobre o projeto e como participar). A idéia é promover um processo formativo com os agentes de extensão rural, que levem adiante ações de promoção e fortalecimento da agricultura familiar, aliando conservação ambiental e geração de renda.

Para as oficinas, foram definidos cinco componentes básicos: habilidades sociais para desenvolvimento da função do profissional extensionista; fortalecimento de organizações da agricultura familiar; técnicas para restauração florestal na Bacia do Xingu; construção de novos mercados socioambientais e Política Nacional de Ater.

Em relação às atividades “entre módulos”, a intenção é fazer com que os participantes tenham a oportunidade e a capacidade de analisar o contexto de sua realidade concreta de atuação, entre em contato com os novos conceitos e modelos socioambientais, com ênfase no desenvolvimento profissional do extensionista rural e na autonomia das organizações da agricultura familiar, voltem a analisar os problemas locais e estejam aptos para potencializar uma ação onde o conteúdo trabalhado nas oficinas possam ser colocados em prática e transformado em novas iniciativas.

Quem pode participar?

Agentes de extensão rural, da Ater oficial, do estado e das prefeituras, e de prestadores de serviço de Ater que atuam nos municípios da Bacia do Xingu.

Municípios no eixo da BR-163: Guarantã do Norte, Matupá, Peixoto de Azevedo, Nova Santa Helena, Marcelândia, Itauba, Cláudia, União do Sul, Sinop, Santa Carmem, Vera, Feliz Natal, Nova Ubiratã, Boa Esperança do Norte, Paranatinga, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Primavera do Leste, Santo Antônio do Leste.

Municípios no Eixo da BR-158: Gaúcha do Norte, Campinápolis, Nova Xavantina, Água Boa, Canarana, Querência, Ribeirão Cascalheira, Bom Jesus do Araguaia, Alto Boa Vista, São Félix do Araguaia, São José do Xingu, Canabrava do Norte, Porto Alegre do Norte, Confresa, Santa Cruz do Xingu, Vila Rica.





Fonte: 24HorasNews

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