UE concorda em reduzir emissões de CO2 em 20%
Mas eles ainda não chegaram a um consenso para metas para o uso de fontes de energia renovável, como eólica e solar.
A chanceler alemã, Angela Merkel, que ocupa a presidência rotativa da UE, disse que ainda tem esperança de um acordo nesta sexta-feira, último dia da cúpula.
A Comissão Européia, órgão executivo da UE, quer que os países se comprometam, entre outras coisas, a estimular o uso de fontes renováveis chegando a uma meta de 20%.
"Obrigações"
Depois das conversações de quinta-feira, Merkel disse que houve progressos.
"O que foi concordado é um grande passo adiante sob qualquer ponto de vista."
Merkel afirmou que espera que as divergências sobre metas fixas para energia renovável possam ser resolvidas nesta sexta-feira.
"Nós conversamos sobre obrigações específicas - aumento da eficiência de energia, biocombustíveis, energia renovável. Há necessidade de mais discussões nestas áreas", afirmou.
A proposta de aumentar a parcela de fontes renováveis - inclusive de energia gerada por vento, solar e hidráulica - para 20% até 2020 enfrentou oposição considerável.
O presidente da França, Jacques Chirac, exigiu que energia nuclear seja parte do plano.
Merkel disse que a energia nuclear não é renovável, mas admitiu que ela pode ser considerada parte de um plano geral de redução de carbono.
Países mais pobres do Leste Europeu, que são mais dependentes de indústria pesada e carvão de alto teor, disseram que vão lutar para fazer o investimento em geradores de energia eólica e solar necessário para cumprir as metas.
"Momento decisivo"
Antes da cúpula, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, disse que a credibilidade do bloco depende de transformar palavras em ações concretas para impedir mudanças climáticas.
Barroso disse que a cúpula pode ser "um momento decisivo para a UE", em que ela mostra que pode assumir uma posição de liderança no controle do aquecimento global.
"Apenas se tomarmos a iniciativa poderemos depois envolver o resto do mundo", acrescentou.
Acredita-se que a UE pode aceitar ampliar sua meta de 20% para a redução de emissões para 30% se outros grandes poluidores como Estados Unidos, China e Índia também aderirem à proposta.
Barroso também quer o aumento da competição no mercado de energia da Europa desmembrando gigantes da indústria de energia como os existentes na França e na Alemanha, e separando produtores e distribuidores.
"Eu acredito que só com esta separação nós podemos criar mais opções para consumidores e condições mais atraentes para investimentos", disse Barroso.
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