Dois milhões de brasileiros sofrem com doença renal crônica

Além de Dia Internacional da Mulher, o 8 de março é o Dia Mundial do Rim. No Brasil são 2 milhões de pessoas com a doença renal crônica, que pode levar a morte, destas 95 mil dependem da hemodiálise para sobreviver. Os dados são da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) que promove a campanha Previna-se em 59 cidades para conscientizar a população da importância do diagnostico precoce da doença.

A nefrologista responsável pela campanha, Gianna Mastroianni, afirma que a doença renal crônica pode atingir pessoas que tenham diabetes, hipertensão, nefrite (inflamação renal) ou que tenham casos de doenças renais na família. Segundo Gianna, a doença renal pode debilitar os rins ou levar o paciente à morte.

“A doença renal é um conjunto de outras doenças que tem uma tendência a progredir para a perda completa da função dos rins. Os rins têm várias funções, a mais importante talvez seja a de filtrar o sangue e remover as impurezas do organismo. Além disso, eles regulam a pressão arterial e a quantidade de sal e de água no corpo. Eliminam toxinas ou medicamentos que foram ingeridos em excesso a produzir de alguns hormônios”, explicou.

A doença renal crônica tem cura. Gianna alerta que se a doença for diagnosticada ainda no início pode ser tratado com remédios e uma dieta especial para cada paciente. Ela lembra que é muito importante que as pessoas façam exames regularmente, para que a doença não chegue a comprometer as funções renais.

Quando os rins perdem a capacidade de exercer suas funções a pessoa doente fica dependente do tratamento de hemodiálise ou precisa esperar até que possa fazer ser feito um transplante de rim. A hemodiálise é feita com a ajuda de um dialisador (filtro) que faz o que os rins não conseguem fazer. Como filtrar o sangue e remover as impurezas.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil são 32.155 pessoas esperando para fazer transplante de rim. Existe uma fila única e nacional operada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).