Nota pública repudia violação do direito à liberdade de expressão
O parlamentar garantiu que vai solicitar apuração para saber se os responsáveis pelas agressões sofridas pelo militante Gilmar Brunetto, o Gauchinho, no início de fevereiro, têm ligação com a Assembléia e acompanhar o andamento do inquérito policial, além de dar início a uma investigação interna pela Comissão de Sindicância. Ricardo se comprometeu a dar uma resposta sobre o ocorrido ao MCCE.
A comitiva, que distribuiu uma nota pública repudiando a violação do direito à liberdade de expressão, também se reuniu, durante a manhã, com o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, Carlos Brito, e cobrou resultados da investigação aberta pela Corregedoria de Polícia. Líderes do movimento temem que os inquéritos abertos não produzam resultados práticos e fiquem engavetados. Carlos Brito afirmou que "os inquéritos estão dentro prazo e serão apurados e avaliados com base da Lei."
A outra audiência foi com o procurador-geral da Justiça, Paulo Prado, para cobrar a conclusão do inquérito policial. Os membros do movimento foram pegos de surpresa, quando tiveram a informação, do próprio procurador, de que o inquérito já estava com prazo vencido, embora ainda nas mãos da Polícia Civil. Prado se comprometeu a intervir junto a Polícia Civil, solicitando a designação do processo para o Ministério Público. "O MP estará vigilante em relação a esta questão", acrescentou.
A secretária-executiva do Comitê Nacional do MCCE, Suylan Midleg, avaliou positivamente as reuniões, especialmente, aquela com o procurador. "Tivemos a certeza de que o órgão estará empenhado em fazer justiça", afirmou. A secretária disse ainda que "não irá admitir que protestos da sociedade civil sejam calados com violência e que o movimento organizado tem autonomia para realizar suas manifestações". Suylan fez questão de lembrar às autoridades visitadas que a violência sofrida pelo militante do MCCE em Mato Grosso será levada à Comissão Nacional de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
O conselheiro federal da Ordem do Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB/MT), Ussiel Tavares, que participou as visitas, disse que a Ordem irá fiscalizar todo andamento processual do inquérito. "Não seremos coniventes com atos que violam os direitos de liberdade de expressão e de cidadania", disse o conselheiro. Gilmar Brunetto foi violentamente atacado por dois homens quando se preparava para fazer a distribuição de material que continha denúncias de corrupção contra a Assembléia Legislativa.
Além do Comitê Nacional do MCCE e da OAB, acompanharam as audiências públicas representantes da ONG Moral, da CUT-MT, do Sindicato dos Policiais Federais, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da União dos Auditores Federais (Auditar), Sintep, Sindicato de Processamento de Dados de Mato Grosso (Sindpd) e do Partido dos Trabalhadores.
Comentários