Berzoini cobra mais empenho na reforma política
No encontro que manteve por uma hora e meia com Lula, Berzoini manifestou preocupação com o andamento da agenda para aprovação da reforma partidária. Ele pediu pressa e mais empenho do presidente e falou da necessidade de o governo tratar o assunto com prioridade. "Foi uma conversa para expressar a preocupação do partido com essa agenda", disse Berzoini ontem. "Precisamos rapidamente aprovar a fidelidade partidária, o financiamento público de campanha e o voto em lista", acrescentou.
Segundo Berzoini, essas três mudanças seriam importantes para mudar o cenário da política nacional. "Elas fortalecem os partidos, reduzem a possibilidade de oportunismo parlamentar e viabilizam uma estrutura mais confiável de governança para nosso País", comentou.
O presidente do PT se recusou a comentar as discussões que teve com Lula sobre a reforma ministerial. "Não vou tratar deste assunto publicamente para respeitar os nomes dos envolvidos. Só vou comentar depois que o presidente tiver decidido pela composição do ministério", despistou.
No entanto, Berzoini disse que "o partido está trabalhando no sentido de dar a contribuição à altura da responsabilidade que temos". E lembrou da ligação de Lula com o partido. "O presidente é filiado ao PT, portanto, toda relação se dá num caráter de cooperação e solidariedade", disse.
Mas a um interlocutor do PT, Berzoini disse que a conversa com Lula "foi inconclusiva", mas o presidente teria deixado que a indicação de Geddel Vieira de Lima (PMDB-BA) no Ministério da Integração Regional é praticamente certa. Lula também teria confirmado os nomes de Guido Mantega, Tarso Genro e Fernando Haddad no ministério.
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