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Politica Brasil
Quarta - 07 de Março de 2007 às 10:13

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Uma comitiva do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) está em Cuiabá nesta quarta-feira para audiências com o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito (PDT), com o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, e com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo de Almeida (PR). O objetivo da visita é pressionar as autoridades estaduais para que sejam tomadas providências em relação às agressões sofridas pelo militante do MCCE no Mato Grosso, Gilmar Brunetto, o “Gauchinho”, em 1º de fevereiro, dia da eleição da Mesa Diretora da Assembléia.

Conforme o MCCE, seus integrantes têm sido alvo de repressões constantes devido à atuação permanente em denunciar práticas ilícitas de políticos locais. Um exemplo seria a tentativa de seqüestro e agressões físicas contra Gauchinho, quando organizava material com denúncias de corrupção contra o primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (foto), do PP. O informativo seria distribuído durante manifestação na manhã da eleição da nova Mesa Diretora.

Para a secretária-executiva do Comitê Nacional do MCCE, Suylan Midlej, é inadmissível aceitar a violência ocorrida com o militante. Segundo ela, “o Comitê Nacional decidiu intervir para lutar pela integridade de seus representantes no estado e exigir das autoridades que todas as medidas legais sejam tomadas para punir os autores e, principalmente, os mandantes do crime”.

As autoridades de Mato Grosso receberão nota na qual o movimento pede intensificação nas investigações contra a violência ocorrida com Gilmar Brunetto. Além da secretária-executiva, também participam das audiências o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), Ussiel Tavares, o representante da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CBJP/CNBB), Gilberto Sousa, e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Jonas da Silva, além de representantes de outras entidades.

Entenda o caso -- O militante organizava material com denúncias que seriam divulgadas em manifestação na Assembléia Legislativa, antes da eleição da nova Mesa Diretora, quando foi surpreendido pela chegada de dois homens em um Fiat Uno prata, que o agrediram e tentaram seqüestrá-lo. Ele resistiu e conseguiu escapar.

Em seguida, chegaram um advogado e o chefe da Casa Militar da Assembléia Legislativa, coronel Paredes, alegando ter um mandado de busca e apreensão para pegar o material de divulgação que estava com “Gauchinho”. Os planfletos, denúncias de corrupção contra o secretário da Casa reeleito, José Riva, já apresentadas ao Ministério Público, Polícia Federal e Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Além de não mostrar nenhum mandato, os dois homens ainda ordenaram que dois policiais levassem “Gauchinho” até uma delegacia.





Fonte: Olhar Direto

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