Lula nega pedido do PMDB-Câmara para controlar dois ministérios
Segundo o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), o recado foi dado ontem pelo próprio presidente ao deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Tarso, no entanto, não confirmou a informação de que o presidente teria convidado o parlamentar para assumir a pasta de Integração Nacional.
A bancada do PMDB na Câmara pleiteava dois ministérios para se igualar ao PMDB do Senado, que tem o controle das pastas das Comunicações e de Minas e Energia.
Tarso sinalizou que os senadores continuarão com o mesmo espaço. "O presidente afirmou, de forma clara, que a bancada [da Câmara] terá um ministro. O presidente falou um ministro e que os setores do PMDB que já participam do governo e que vêm participando com lealdade vão continuar integrando o governo", afirmou.
Inicialmente, o Planalto trabalhava com a possibilidade de entregar quatro ministérios para o PMDB. Dois para a bancada do Senado e outros dois para o PMDB-Câmara. O PMDB-Senado deve manter seus atuais ministros --Silas Rondeau (Minas e Energia) e Hélio Costa (Comunicações).
Como o PMDB-Câmara perdeu o direito de indicar um nome para a Saúde, que deve ser comandada pelo médico José Gomes Temporão, indicado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, e não o reconhece como indicação dos deputados, os peemedebistas da Câmara queriam o controle de outras duas pastas --Integração Nacional e Agricultura ou Turismo.
Integração Nacional
Com relação ao ministério que a bancada terá direito, Tarso disse que pode ser a pasta da Integração Nacional e reconheceu que Geddel é um dos ministeriáveis. "Geddel é um dos quadros, majoritariamente indicado para participar do ministério."
Segundo o ministro, o deputado esteve ontem com o presidente Lula por esta razão, embora negue que o encontro tenha sido para definir a questão.
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