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Politica Brasil
Terça - 06 de Março de 2007 às 08:27
Por: Rubens de Souza

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A nomeação do secretário de Educação Luiz Antônio Pagot no Dnit – Departamento Nacional de Infra-estutura foi atingida por um iceberg de grandes proporções. A indicação do super-secretário do governador Blairo Maggi não depende somente da força do governador junto ao presidente Luiz Ignácio Lula da Silva e muito menos da força da bancada mato-grossense em Brasília. Sem o apoio de forças políticas, empresariais e até eclesiásticas das principais regiões do país, Pagot terá mesmo de ficar administrando a educação mato-grossense.

Na noite desta segunda-feira durante a festa de filiação do governador Blairo Maggi e seu grupo político ao PR – Partido da República – ficou praticamente definido que as chances de Pagot assumir a presidência do Dnit, um órgão muito cobiçado são quase zero, mais ou menos como ganhar um prêmio superior a R$ 50 milhões da megasena sozinho.

O primeiro bloco de iceberg (blocos de gelo comuns nos pólos) foi atirado em Pagot e em todos que defendem sua ida para Brasília pelo próprio ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, que disse não ter intenção de continuar no cargo e que quer voltar para o Senado Federal disse que o PR, partido ao qual recebeu Pagot, tem muita gente altamente capacitada para assumir a presidência do Dnit, numa clara alusão de que o secretário de Educação de Mato Grosso não é bem visto dentro do partido para assumir o posto. Para não ser ainda mais cético, o ministro optou em corrigir a informação de que Pagot terá que enfrentar uma "briga boa" para assumir o Dnit.

Ma a “briga boa” de Pagot não se restringe apenas a disputa dentro de seu próprio partido que prefere oferecer o posto a alguém do sudeste do país. Ele terá de brigar também contra outras forças não tão ocultas assim, mas que sabem impor suas posições em lobbis fortes e certeiros, a classe empresarial. Os empreiteiros de Minas Gerais foram os primeiros a entrar na briga ao afirmarem que não querem o “desconhecido” Luiz Antônio Pagot em um cargo tão importante. Começam a ganhar a adesão de empreiteiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia. Eles formam uma aliança que vão pressionar o presidente Lula por outro nome, da preferência deles é claro.





Fonte: 24 Horas News

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