Entidades sob liderança da Câmara vão realizar mutirão para recuperar Cáceres

Sindicatos, entidades, clubes de serviços, associações de moradores e Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), sob a liderança da Câmara de Vereadores, estarão realizando um grande mutirão para recuperar, estradas, pontes e escolas localizadas na zona rural, além de ruas e avenidas do perímetro urbano, parcialmente destruídos pelas chuvas que castigaram o município de Cáceres em meados do mês de janeiro.

Representantes dos segmentos organizados reúnem-se hoje a partir das 19h na sede da Câmara para definir estratégias. A proposta será a execução de uma ação compartilhada entre a sociedade, tendo em vista que o município não dispõe de recursos financeiros e estruturais suficientes para recuperar, pelo menos, a malha viária que foi danificada, deixando dezenas de comunidades rurais isoladas.

"Depois de 50 dias os estragos provocados pelas chuvas ainda são visíveis, tanto na zona rural como no perímetro urbano", justifica o presidente da Câmara, vereador Célio Silva, lembrando que ainda no final de semana, a prefeitura interditou a rodovia MT- 343 que liga Cáceres a Barra do Bugres para consertar a ponte sobre o "Córrego Fundo" que havia caído durante o temporal, deixando os moradores do distrito de Vila Aparecida sem acesso ao município.

Além dos transtornos causados aos produtores que não tem como escoar a produção por falta de estradas, o prejuízo reflete também na educação. Em algumas escolas como a da "Flor da Mata" localizada no distrito de Clarinópolis, até no final de semana, ainda não havia começado o ano letivo, porque os ônibus que fazem o transporte escolar não tinham como chegar ao local.

Os problemas causam também desgaste político. Os vereadores declararam verdadeira guerra contra o governo estadual. A maioria acusa o governador Blairo Maggi de ter "virado" as costas para a população.

Os mais radicais sugerem "pegar o governador pelo pescoço" para fazer com que ele socorra o município nesse momento de dificuldade. Outros defendem a formação de uma caravana para pressionar o governador em Cuiabá.