<b>Deputados recebem representantes do MST e Incra</b>
A reunião foi intermediada pelos deputados Ademir Brunetto e Ságuas de Moraes, ambos do PT. O encontro foi realizado na sala de reuniões da Casa de Leis porque a sede do Incra está ocupada pelo MST, desde a última segunda-feira.
O MST, durante a reunião, expôs uma pauta de reivindicações contendo oito itens. Entre elas, está a que define a celebração de convênios para a realização do Plano de Desenvolvimento do Assentamento (PDA), o Licenciamento Ambiental (LAU) e a Topografia de seis áreas de assentamentos em várias regiões mato-grossenses.
Os representantes do movimento também reivindicaram ao superintendente do Incra, 100 rolos de lona, para as 3,6 mil famílias que estão acampadas. “Para a aquisição dessas lonas é preciso entrar com processo junto a Ouvidoria Agrária ou esperar a liberação do orçamento de 2007, que neste caso há necessidade de licitação”, destacou Leonel Wohlfahrt.
De acordo com Altamiro Stochero, o governo Lula em quatro anos assentou 38 famílias em Mato Grosso. O representante do MST disse ainda que em todo o Estado existem oito fazendas para serem desapropriadas para que as 3,6 mil famílias sejam assentadas.
“O problema é que o Incra não faz nada em Mato Grosso. É preciso tratar a reforma agrária com seriedade”, questionou Stochero .
Leonel Wohlfahrt disse às lideranças que o Incra de Mato Grosso tem a intenção de assentar 4.081 famílias em 2007. O superintendente lembrou que o orçamento da União deste ano é de R$ 930 milhões para todo o Brasil. Já para o Incra de Mato Grosso a cifra é de R$ 83 milhões.
De acordo com Ságuas, o Incra em todo o país tem encontrado dificuldade no avanço da Reforma Agrária por causa da burocracia. “A direção nacional tem que destravar os entendimentos e dar mais autonomia para as superintendências regionais acelerarem o processo de regularização fundiária em todo o Brasil”, destacou Ságuas.
Já o deputado Brunetto afirmou que a Assembléia Legislativa tem o dever de conciliar esse diálogo entre o MST e o Incra. “Temos que ter claros esses acordos. Mas tudo isso precisa ser feito com responsabilidade. Nada pode ser realizado de forma radical”.
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