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Politica Brasil
Sexta - 02 de Março de 2007 às 15:47

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Após três horas de discussão com líderes sindicais, o prefeito Wilson Santos, do PSDB, se comprometeu em apresentar, às 16h, uma proposta para os representantes do Sindicato dos Médicos no sentido de evitar uma greve da categoria, deliberada para iniciar na meia noite de domingo. O primeiro gesto de boa vontade do prefeito para contornar a paralisação foi dado antes mesmo da reunião com o pagamento do prêmio-saúde para os profissionais com recursos da Fonte 100, pois o prêmio é pago com verbas de um convênio assinado com o governo do Estado, que ainda não fez nenhum repasse neste ano.

Pelo menos dois dos principais pontos da "pauta mínima" apresentada pelo Sindimed, através dos jornais, devem ser atendidos pelo município de imediato, segundo garantiu o prefeito ao final da reunião. "Mas nós não queremos soluções pela metade. Queremos soluções concretas", ponderou a presidente do Sindimed, Maria Cristina Pacheco. "Todos os compromissos que vamos assumir serão honrados", assegurou Santos, ao confirmar uma segunda rodada de negociações para o final da tarde.

Entre os pontos principais que devem receber uma “solução” do prefeito, estão as melhores condições de trabalho da classe médica, incluindo a distribuição regular de medicamentos e a realização de exames. A outra reivindicação é a segurança dos profissionais nas unidades de saúde.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Olete Ventura, a falta de Dipirona injetável, por exemplo, é real, mas ele assegurou que no almoxarifado tem o Dipirona Escopolamina. “Não é a mesma coisa, a Escopolamina é uma droga a mais que o paciente teria que ingerir sem necessidade”, rebateu um dos médicos, segundo o qual o medicamento referido está em falta há mais de seis meses. Santos negou a acusação.

Além desses tópicos, na reunião desta manhã entraram em discussão ainda os salários pagos à classe, assim como os recentes pedidos de demissão em massa e a escala de plantão no Pronto Socorro Municipal.

De acordo com a diretora do PSM e responsável pela escala dos pediatras, Célia Regina Teixeira, há na gerência de pediatria, 25 profissionais. Destes, 18 estão no Pronto Atendimento infantil. Entretanto, segundo os dados apresentados pelo diretor de gestão do PSM, Euclides Santos, há 58 pediatras contratados pela administração municipal, sem contabilizar os dez médicos que pediram demissão recentemente.

O vereador Deucimar Silva (PFL), que também esteve presente na reunião que aconteceu no gabinete do prefeito, criticou o atendimento dos médicos no Pronto Socorro e acusou os profissionais de neglicência. "O atendimento de lá é uma vergonha, muito mal. Eu quebrei a perna e fiquei sem atendimento. Só vieram me atender depois que eu coloquei talões de cheque embaixo da perna".

"A saúde vai mal em todo o Brasil. Não é só aqui no Estado. O que precisamos é não deixar a saúde pública ficar prejudicada, por isso eu vou sinalizar uma posição concreta hoje a tarde", concluiu o prefeito.

Mesmo com o posicionamento de Santos, a presidente do Sindimed informou que a paralisação que terá início no domingo não será suspensa. Ela prometeu convocar nova assembléia da categoria para a próxima segunda-feira.





Fonte: Olhar Direto

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