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Politica Brasil
Sexta - 02 de Março de 2007 às 12:45
Por: Sinézio Alcântara

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O governador Blairo Maggi é considerado "persona não grata" pela Câmara de Cáceres. Acusado de ter abandonado o município, principalmente, após a calamidade provocada pelas chuvas, que destruíram ruas no perímetro urbano, estradas e pontes na zona rural, os vereadores declararam verdadeira guerra contra o chefe do executivo estadual. O descontentamento é unânime.

Vereadores de todos os partidos reclamam de falta de ação no município. Alguns mais radicais como o vereador Alcy Silva (PFL) ameaça "pegar o governador pelo pescoço" para que ele respeite a população. "Se preciso vamos pegá-lo pelo pescoço para mostrar que Cáceres existe e que ele respeite a população que ajudou a elegê-lo", ameaçou Alcy, na sessão da última segunda-feira, lembrando que a candidatura do governador nasceu em Cáceres.

A revolta dos vereadores pela ausência do governo no município é antiga. No ano passado, o vereador Leomar Amarante Motta (PP) chegou a sugerir que a Câmara aprovasse uma Moção de Repúdio à Blairo Maggi. Na época o vereador já acusava o governador de "virar" as costas para Cáceres, depois de ter recebido milhares de votos no município e região. Leomar recuou da proposta por falta de apoio dos demais.

Agora a situação é diferente diante da insatisfação geral. O "bombardeio" vem, inclusive, de vereadores ligados à administração municipal e consequentemente ao governador. "Depois que ele calçou a botina esqueceu de Cáceres", ironizou o presidente da Câmara, vereador Célio Silva (PP). Celinho questiona a razão do descaso: "Será que ele não gosta do prefeito, dos vereadores ou da população em geral?", indagou durante entrevista a uma emissora de rádio local.

Para esclarecer essas indagações, os vereadores liderados pelo presidente da Câmara, se mobilizam para formar uma caravana e na próxima semana "pressionar" o governador em Cuiabá. "Os estragos provocados pelas chuvas foi muito grande. A cidade está um verdadeiro caos. Por isso, juntos com entidades e clubes de serviços vamos pressionar o governador para que ele faça alguma coisa no sentido de nos ajudar a reverter essa situação", observa Célio Silva.





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