Parlamentares querem ações emergenciais
“A questão é que os municípios do interior, por falta de estrutura, não podem realizar procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, tornando necessária a intervenção de deputados para solucionar os problemas. Como é o caso de um paciente com tumor na coluna, de Alta Floresta, que espera na fila para fazer a cirurgia. Por isso, queremos saber o que fazer para regularizar essa situação”, questiona o deputado Ademir Brunetto (PT), requerente da reunião.
De acordo com o secretário-adjunto de Estado de Saúde (SES), Victor Rodrigues, a problemática é a falta de credenciamento de Unidades especializadas em cirurgias de alta complexidade junto ao Ministério da Saúde. “Justamente hoje o Ministério abriu as inscrições para credenciar os hospitais, mas isso deve levar meses para ser concluído por questões técnicas e administrativas. Atualmente, só o Hospital Santa Rosa, de Cuiabá, está credenciado a realizar esse tipo de procedimento e por problemas internos se recusa a fazê-lo”, expôs o secretário, ao lembrar que a unidade pediu ainda em 2005 o descredenciamento junto ao Ministério e atualmente, Estado e município estão remajenando pacientes para outras unidades para garantir atendimento.
“Os hospitais não têm como manter esse tipo de procedimento sem receber da União, do Estado e do município os recursos necessários”, expôs o presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, deputado Ságuas Moraes (PT).
Já o deputado Chico Galindo (PTB) disse que o governo tem que definir qual hospital do Estado poderá servir de referência para essas cirurgias, que afeta o sistema de saúde nos municípios de Mato Grosso. Ele lembrou que desde dezembro do ano passado, o Hospital Geral havia entrado com o pedido de cadastramento. “Nós parlamentares temos a obrigação de ajudar a encontrar uma solução”, explicou Galindo.
Para Brunetto, o sistema de saúde do Estado tem que ter um fluxo normal para atender os pacientes que necessitam de cirurgias de alto risco. Em Pedra Preta, por exemplo, médicos pediram demissão devido a dificuldades para atender as pessoas que buscam os postos de saúde e o encaminhamento para o Hospital Regional de Rondonópolis.
“É uma maratona de pessoas que chegam aos gabinetes dos deputados pedindo providências para a realização de cirurgias em hospitais. Mas, o Estado não tem um lugar definido o que acaba adiando os procedimentos”, conclui.
Também participou da reunião que aconteceu na presidência da Assembléia, o secretário de Saúde de Cuiabá, dr.Olete Ventura e o superintendente da Central de Regulação, Maurício Estrada.
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