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Politica Brasil
Quinta - 01 de Março de 2007 às 07:57
Por: Marcos Lemos

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O governador Blairo Maggi (sem partido) se antecipou ontem a eventuais críticas que poderia receber dos deputados estaduais no primeiro almoço promovido após a posse dos eleitos e reeleitos e antes da fala (leia-se reclamações) de cada um, ampliou o seu discurso de que "o segundo mandato será mais próximo dos políticos". Mesmo assim não faltaram azedas críticas, principalmente ao tipo de atendimento por parte dos secretários de Estado.

O deputado de primeiro mandato, jornalista Maksuês Leite (PP), que pouco antes do almoço havia cobrado da tribuna da Assembléia Legislativa respeito dos integrantes do governo para com os parlamentares, disse, na saída do Palácio Paiaguás, que o governador assegurou ter seu partido, o PP, 120 indicações nomeadas na estrutura da máquina pública estadual.

"Quero saber quem nomeou. Não fui eu. Não tenho nenhuma nomeação, então o partido se explica ou vou para a oposição", disse o parlamentar ameaçando ingressar com requerimentos de informação a respeito de concorrências de obras públicas, licitações, aditamento de contratos e obras ginásios de esporte de mais de R$ 40 milhões.

Já os outros parlamentares contemporizaram se dizendo satisfeitos, mas as cobranças durante o encontro foram muitas e pesadas. Os deputados se sentem desprestigiados pelo Executivo.

Maggi desde a reeleição vem fazendo a "mea culpa" ao reconhecer que por ter vindo da iniciativa privada, desconhecia e se mantinha longe da política o que causou dificuldades inclusive para o Estado. "Isto vai mudar", pontuou o chefe do Executivo, tanto é que o centro das discussões com os parlamentares foi a questão da distribuição de cargos nos municípios, além do atendimento que será dispensado por secretários e presidentes de órgãos aos 24 deputados.

"Pedi para que os reeleitos continuem nos dando um voto de confiança e para que os novos nos apóiem nas políticas de transformação de Mato Grosso", disse Maggi, assegurando respeitar a individualidade de cada parlamentar e as questões partidárias (leia-se PMDB).

Maggi e os deputados estaduais uniformizaram os discursos apontando para o consenso nas indicações de cargos, mas todos reconhecem que essa é uma conta difícil de fechar.





Fonte: Gazeta Digital

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