Brasil propõe liberar comércio internacional de jacaré
A proposta brasileira relativa ao jacaré-açu (Melanosuchus niger) foi divulgada nesta quarta-feira no site da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagem, na sigla em inglês), que regula o comércio de espécies ameaçadas em todo o mundo.
Segundo a proposta brasileira, o jacaré, que hoje é listado no apêndice 1 das regras da CITES – que prevê o máximo de proteção, com a proibição total do comércio, a não ser em casos especiais – passaria a ser incluído no apêndice 2, que prevê a liberação do comércio internacional da espécie seguindo parâmetros rigorosos da própria CITES.
O Brasil também propôs que outras três espécies – o pau-brasil (incluindo todos os seus derivados) e dois tipos de lagosta – tenham a proteção aumentada.
As propostas serão discutidas pelos países signatários da CITES em uma conferência que deve ocorrer entre 3 e 15 de junho em Haia, na Holanda.
Leopardo e enguia
A ONU recebeu um total de 40 propostas de diversos países, incluindo as brasileiras, prevendo mudanças na CITES.
Entre as outras propostas, está uma de Uganda para transferir o leopardo (Pantera pardus) do apêndice 1 para o apêndice 2 "para o propósito exclusivo de caça esportiva, para troféus e peles de uso pessoal" e "com uma cota de exportação anual de 50 leopardos em todo o país".
A Alemanha está propondo a inclusão no apêndice 2 da enguia européia (Anguilla anguilla), uma espécie muito usada na culinária do norte da Europa.
Atualmente, 530 espécies animais e 300 espécies vegetais são listadas no Apêndice 1. O Apêndice 2 lista 4.460 animais e 28 mil plantas.
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