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Politica Brasil
Quarta - 28 de Fevereiro de 2007 às 09:23
Por: Catarine Piccioni

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O deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT) assegurou ao colega Walter Rabello (PMDB) que não descarta a possibilidade de assinar o requerimento para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da MT Fomento, autarquia comandada por Eder Moraes (PR).

No entanto, Pivetta prefere aguardar a sabatina de Moraes, prevista para esta quarta-feira a partir das 17 horas na Assembléia Legislativa. “Por enquanto, não vejo fato concreto, mas tudo dependerá da apresentação e das respostas do Éder”, condicionou Pivetta.

Segundo Rabello, que é autor do requerimento para instalação da CPI, o posicionamento do governador Blairo Maggi (PPS) “levou Pivetta a pensar”. Na sexta-feira passada, Maggi pediu a Éder Moraes que retirasse sua pré-candidatura à prefeitura de Cuiabá. Em consequência, Moraes também desistiu de apresentar o programa “Fomento em foco”.

Éder Moraes era acusado de vincular a imagem dele à autarquia, o que seria inconstitucional. Enquanto Rabello se deu por satisfeito com o recuo em relação ao programa, veiculado pela Rede TV!, os demais deputados que assinaram o requerimento podem manter o posicionamento, já que outras suspeitas recaem sobre a gestão da MT Fomento.

“O governador não quer constrangimento, quer sempre paz e entendimento. Ele deveria ir mais para alguns enfrentamentos”, avaliou um deputado, em entrevista ao Olhar Direto.

A deputada tucana Chica Nunes disse que manteria sua assinatura se o requerimento fosse apresentado na sessão ontem, pedindo também em nome do deputado Guilherme Maluf. "Se for para entregar amanhã (hoje), vamos retirar (nossas assinaturas).

Futuro chefe da Casa Civil, o deputado João Malheiros disse que o pronunciamento da tucana não tinha legitimidade porque Maluf estava ausente. Líder do PSDB na AL, o ex-vereador Guilherme Maluf retirou, em pronunciamento oral antes do Carnaval, a própria assinatura e a da deputada.

Assim, o requerimento ficou com as assinaturas de José Carlos do Pátio e Adalto de Freitas, ambos do PMDB, Percival Muniz (PPS), dos pefelistas Gilmar Fabris e Humberto Bosaipo, além do próprio Rabello.

Sigilo -- Eder Moraes alega desde 2005 que as informações da autarquia são sigilosas. Ele já adiantou que não pode revelar o valor mais alto de uma operação de crédito financiada pela agência, pois os dados são mantidos sob sigilo por fazerem parte do sistema financeiro nacional. Conforme Moraes, o maior empréstimo da MT Fomento não pode ultrapassar 25% do seu capital (12 milhões) para um “único cliente”. A receita mensal é de R$ 110 mil.

Os deputados o acusaram de favorecer grandes empresas. Segundo o presidente da MT Fomento, “não há irregularidades”. “As grandes empresas garantem a sustentação da agência”, afirmou Moraes, em entrevista na semana passada. Ele disse ainda que o índice de inadimplência é maior entre os micros e pequenos empresários.





Fonte: Olhar Direto

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