Sob Sérgio, Assembléia suspende reforma

A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa suspendeu, por tempo indeterminado, a realização de parte da reforma administrativa desejada pelo presidente Sérgio Ricardo (PPS) e pelo primeiro-secretário José Riva (PP). Devido à escassez de recursos, priorizará uma radiografia nas contas do Legislativo para apresentar os dados aos demais parlamentares.

A radiografia vem sendo cobrada pelos parlamentares de primeiro mandato e foi confirmada ontem por Riva, que descartou também o aumento da verba de gabinete dos 24 deputados, que seria acrescida de R$ 30 para R$ 45 mil por mês.

"Essa reforma administrativa só vai ocorrer plenamente quando viabilizarmos os recursos, o que não há prazo para ocorrer. Queremos, primeiramente, apresentar essa radiografia aos demais deputados", afirmou Riva, que vem sendo pressionado pelos deputados novatos para abrir as contas do Legislativo. Como primeiro-secretário da Assembléia, o pepista é o responsável pelas finanças da Casa.

Riva ressaltou ainda que a limitação orçamentária da Assembléia é a responsável pela rejeição da proposta de aumento da verba de gabinete. Citou ainda a falta de recursos como entrave para grandes alterações na Casa. Com duodécimo mensal de R$ 12 milhões, o Legislativo terá congelado o orçamento dos próximos dois anos.

A reforma administrativa anunciada como um dos grandes feitos planejados pela gestão de Sérgio Ricardo na presidência da Assembléia deve se limitar ao remanejamento de servidores especializados para os gabinetes. Também já estão ocorrendo mudanças sutis nas secretarias e coordenadorias do Legislativo através de fusões e extinções de cargos de chefia. A realização de concurso público, cogitada para o primeiro semestre deste ano, deve ficar para o segundo semestre. Assim como o aumento de técnicos disponíveis para os 24 gabinetes da Assembléia.