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Politica Brasil
Quarta - 28 de Fevereiro de 2007 às 07:39
Por: Catarine Piccioni

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Quase um mês após o início da 16ª Legislatura, os deputados estaduais Percival Muniz (PPS) e José Riva (PP) travaram ontem, em sessão solene na Assembléia Legislativa, o primeiro embate.

Muniz cobrou esclarecimentos acerca da falta de transparência na gestão da Casa. “Temos perguntas para responder a nós mesmos. Mil e duzentos funcionários foram exonerados. Cadê essas vítimas que não se manifestam? Cada gabinete tem no máximo 20 contratados. Onde estava todo esse pessoal?”, questionou Muniz, sugerindo que a AL acompanhe o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e apresente trimestralmente a relação com nomes, salários e funções.

Cada deputado tem direito a R$ 30 mil mensais para gastos com pessoal, verba indenizatória de R$ 15 mil, R$ 8 mil para gabinete, além do salário de cerca de R$ 10 mil. "Multiplicando o total de R$ 63 mil pelo número de deputados (24), gasta-se R$ 1,512 milhão por mês para um orçamento de R$ 15 milhões. Isto é, todos os deputados consomem 10% e há um 'corpo' que custa 90% do orçamento. Onde a Assembléia está gastando esse dinheiro?", indagou Muniz.

Em resposta, o primeiro-secretário da Mesa Diretora, José Riva, reafirmou que está disposto a prestar informações. “Eu convido o deputado Percival a sentar comigo para saber da estrutura da Assembléia. Vamos apresentar todos os tipos de informações. Nenhum poder foi mais investigado que a Assembléia. Nunca vamos omitir nada”, disse, observando que os gastos da AL já foram mais altos.

Riva atacou dizendo que o pepessista precisa dar explicações sobre possíveis irregularidades da administração em Rondonópolis. Muniz, que comandou o município entre 1998 a 2004, corre o risco de perder o mandato porque não pagou uma multa decorrente de uma prestação de contas de um convênio firmado na gestão de seu antecessor, Alberto Carvalho (PMDB).

“Minhas contas foram bem aprovadas pelos órgãos competentes pela fiscalização”, disse Muniz. Ele insistiu em questionar a exoneração dos 1.200 servidores comissionados, dos quais, segundo Riva, 826 pertenciam a gabinetes e o restante estava lotado em secretarias da AL.

Segundo Muniz, os deputados não obtiveram esclarecimentos, apesar das solicitações. A expectativa era que o primeiro-secretário respondesse às questões em reunião do Colégio de Lideres. O pedetista Otaviano Pivetta, o petebista Chico Galindo e o peemedebista Walter Rabello apoiaram o posicionamento de Percival Muniz.

Riva e Muniz trocam farpas desde fevereiro de 2005, quando Muniz questionou pela primeira vez a gestão da Assembléia Legislativa. A situação se agravou com a mulher de Muniz, Ana Carla Muniz, na secretaria de Estado de Educação. Ela se tornou alvo de diversas críticas do pepista.





Fonte: Olhar Direto

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