<b>MP já acionou 8 prefeitos de MT</b>

O Ministério Público Estadual (MPE) já acionou oito prefeitos por improbidade administrativa. No caso de Sinop, o prefeito Nilson Leitão (PSDB) foi acionado duas vezes, apesar de estar apenas na metade do mandato.

Desde janeiro de 2005, o MPE acionou também os prefeitos Murilo Domingos (Várzea Grande), Nagib Elias Quedi (Luciara), Clóvis Damião Martins (Poconé), João Abreu Luz (São Félix do Araguaia), Júlio César Ladeia (Tangará da Serra), Vano José Batista (Araputanga) e Ondanir Bortolini (Itiquira).

O prefeito de Luciara, Nagib Elias, teve a indisponibilidade de bens solicitada pelo MP sob acusação de fraude em processo licitatório. Também foram alvos da ação outros três servidores públicos e a empresa Batistello & Batistello, ligada ao ex-deputado Lino Rossi (PP), acusado de ser um dos orquestradores da máfia dos sanguessugas no Congresso Nacional.

Segundo o MP, há indícios de diversas irregularidades nos processos licitatórios para compra de equipamentos hospitalares na região de Luciara, situada no Baixo Araguaia. A empresa vencedora do processo, além de ser a única participante da concorrência, não demonstrou idoneidade econômico-financeira.

Segundo o promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta, o caso da licitação fraudulenta para compra de equipamentos hospitalares não é a única acusação contra o prefeito de Luciara. Nagib responde ainda por falsificação de documento público com a ajuda do tesoureiro da Prefeitura, Neri Florenço Ataydes.

No caso do prefeito de Poconé, Clóvis Damião Martins, o MP exigiu a rescisão de empréstimos feitos em nome dos servidores públicos para pagamento de salários. Os empréstimos bancários foram feitos em com taxa de juros de até 54%, o que oneraria demasiadamente os cofres públicos. Em São Félix do Araguaia, o MP pediu as contas do prefeito João Abreu sob argumento de que ele recebeu recursos do governo federal para o programa Saúde da Família, porém, não repassou a parte para o pagamento de pessoal.