75% dos parlamentares de MT já mudaram de partido
Da bancada estadual, 18 dos 24 deputados (75%) já trocaram de partido pelo menos uma vez ao longo de suas trajetórias políticas. O levantamento feito por A Gazeta levou em consideração também o período em que os parlamentares não exerciam mandatos eletivos.
Em alguns casos, como o de José Riva (PP), as mudanças foram feitas seis vezes. Pelo menos cinco delas ocorreram quando ele já era deputado. Juntamente com o pepista, Humberto Bosaipo (PFL) também é o campeão de filiações.
O troca-troca não é exclusividade de parlamentares experientes. Deputados de primeiro mandato também já pertenceram a diversos partidos, como é o caso de Ademir Brunetto, que já se filiou ao PDT e agora atua no PT. O mesmo ocorre com Juarez Costa, que foi do PMN e milita atualmente no PMDB, partido pelo qual foi eleito em outubro passado - confira nesta página a lista da debandada parlamentar.
Na Assembléia, não mudaram de partido somente Ságuas Moraes (PT), Zé Carlos do Pátio (PMDB), Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB), Wallace Guimarães (PFL) e Chico Galindo (PTB). O deputado reeleito Gilmar Fabris (PFL) também nunca mudou de filiação, apesar de ter militado também no PDS antes do partido ser extinto para criação do PFL, em 85.
No caso dos oito deputados federais, seis (75%) também já mudaram de partido. Apenas Carlos Abicalil (PT) e o peemedebista Carlos Bezerra permanecem nas siglas onde iniciaram as suas carreiras. Os dois são exemplos de fidelidade partidária, pois militam há aproximadamente duas décadas nas mesmas agremiações. Bezerra participou também do antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que deu origem ao (PMDB), em 1979.
No caso dos senadores, a presidente estadual do PT, Serys Marly, é a única que já mudou de partido. Ela teve passagens rápidas pelo PMDB, quando foi secretária estadual de Educação em987, e pelo PV, pelo qua disputou a Prefeitura de Cuiabá em 88. Os caciques pefelistas Jaime Campos e Jonas Pinheiro militaram também no PDS, que deu origem ao PFL.
Atualmente, a fidelidade partidária não se trata de uma exigência legal. Para ser candidato, a pessoa precisa apenas estar filiada a qualquer legenda a exatamente um ano antes das eleições. Todos os partidos defendem publicamente a mudança da legislação, sob argumento de que ela fortalecerá as agremiações pois o mandato atualmente pertence aos candidatos eleitos. Na prática, a alteração não sai do papel por causa dos interesses pessoais dos políticos.
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