Setor de Comunicação dá projeção política
“O setor da educação tem sido tradicionalmente no Brasil o responsável pela formação do quadro político. Muitos líderes, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que veio da USP, são referências nos dias de hoje. Aqui no Estado temos o exemplo do Carlos Bezerra, que também era um líder estudantil na década de 50”, avaliou.
Em Mato Grosso, acrescentou o analista, um dos maiores espaços de projeção política é oriundo da área da educação. No setor tiveram mais destaque os representantes que atuaram junto aos estudantes e também nos movimentos da docência, disse. “O deputado Eliene Lima, por exemplo, teve sua atuação mais respaldada através de sua atuação em movimentos de luta por melhorias no setor”, acrescentou.
Para o analista, “é da natureza da própria instituição (Cefet) dar suporte para o ingresso de líderes políticos. A relação entre a intelectualidade e o poder da representação, para Motta, colabora para o processo de eleição”.
“Se pressupõe que a atividade nessa instituição, com o alicerce da intelectualidade, projetará um bom representante. É um segmento de forte expressão na contemporaneidade”, analisou. Motta lembrou ainda que os representantes das instituições da área da educação possuem a vantagem de saber lidar com o público. “É um componente que auxilia ainda mais para a eleição dos líderes políticos”, disse.
Outro segmento, prosseguiu, que tem ampliado seus representantes é o da comunicação. “Antes da redemocratização do país havia uma incidência maior de bacharéis em direito no âmbito político. Essa presença ainda é forte. Nos últimos anos o movimento estudantil e dos professores não tem tido tanta expressividade. Até pelo dinamismo da comunicação, hoje se percebe mais pessoas do setor ocupando espaço”, enfatizou. (SF)
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