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Politica Brasil
Sábado - 24 de Fevereiro de 2007 às 15:40
Por: Téo Meneses

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O ex-deputado federal Ricarte de Freitas (PTB) afirmou ontem que se sente chateado pela forma como foi desconvidado pelo governador Blairo Maggi em relação à chefia do Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília.

Falando pela primeira vez sobre o assunto, Ricarte disse também, em entrevista para A Gazeta, que ainda aguarda de Maggi o comunicado oficial sobre a decisão do governo em não nomeá-lo mais para o cargo. O governador já admitiu publicamente ter recuado do convite. Blairo foi pressionado por aliados, sob alegação de que prejudicaria o Estado nomeando um ex-parlamentar acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas.

"Fiquei chateado porque fui surpreendido pela forma como saiu essa notícia. O governador veio a minha casa em Brasília para me convidar e fiquei sabendo, através da imprensa, que ele havia mudado de idéia", ponderou Ricarte, ao ressaltar ainda que Maggi confirmou a retirada do convite através de um emissário: o secretário-chefe da Casa Civil, Antônio Kato, que lhe apresentou a decisão de Maggi somente uma semana depois dos jornais terem noticiado o fato.

Sem a chefia do escritório, o ex-presidente estadual do PTB pretende continuar residindo em Brasília para prestar consultoria a municípios do interior de Mato Grosso. Ele garante já ter sido procurado por prefeitos aliados, mas não revela os nomes.

Ricarte admite que havia aceito o convite de Maggi, mas agora não pensaria novamente. "A idéia inicial que eu tinha era ficar aqui na consultoria e agora continuo pensando assim", completou Ricarte, que tem sido orientado por aliados a se afastar temporariamente do governo por causa da forma como foi desconvidado.

Futuro - Desgastado com o escândalo da máfia dos sanguessugas, onde foi indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva, Ricarte descarta disputar qualquer cargo eletivo pelos próximos quatros anos.

Incentivado por aliados da região de Sinop, onde mantém base eleitoral, ele cogitava anteriormente disputar a Prefeitura Municipal. O desgaste gerado pelo escândalo dos sanguessugas foi tão grande que Ricarte se viu obrigado a deixar no mês passado a presidência do PTB/MT. Também amargou uma derrota na disputa por uma cadeira na Câmara Federal para estreantes como Valtenir Pereira (PSB) e Homero Pereira (PFL).





Fonte: Gazeta Digital

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