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Politica Brasil
Sexta - 23 de Fevereiro de 2007 às 14:45

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A decisão do presidente da MT Fomento Éder Moraes, de não mais apresentar seu programa de tv “Fomento Em Foco – Com Éder Moraes” foi vista como coerente pelo deputado estadual Walter Rabello (PMDB).

Moraes vinha sendo acusado de ferir o Artigo 37 da Constituição Federal, ao apresentar um programa televisivo com nome e logomarca que faziam associação direta com o nome dele e o da instituição pública.

Éder Moraes argumentou, no horário do programa na noite de quinta-feira (22), que não tem dificuldade alguma em ser humilde e mudar o logomarca, para evitar a polêmica e problemas com a Justiça.

“Ao recuar do programa, ele [Éder] está reconhecendo que estava ferindo a legislação e que nós estávamos certos quando questionamos a logomarca do programa, já que ele preside um órgão público com nome semelhante”, apontou Rabello acrescentando que o recuo de Moraes prova também que “nunca tive nada de pessoal contra ele, apenas mostrei, em plenário, uma ilegalidade, o que contou com endosso da maioria dos parlamentares”.

Em tom de desabafo, Éder Moraes argumentou que o objetivo do programa nunca foi o de promove-lo politicamente. Nos bastidores, presidente da MT Fomento não esconde de ninguém, a intenção de disputar as eleições do ano que vem em Cuiabá..

“Esse programa é feito com um único objetivo: você, que está nos assistindo agora”, explicou Moraes na quinta-feira, salientando que todo o programa é patrocinado pela iniciativa privada.

Segundo opinião do deputado Ságuas Moraes (PT), do Artigo 37 ao 39 da Constituição fica claro que é considerado ilegal, um servidor público usar máquina pública em benefício próprio.

“Como ele [Éder] estava usando o programa para as pessoas agradecerem e enaltecerem, no ar, os feitos conseguidos por ele e pela MT Fomento, isso feria a Constituição”, argumentou Ságuas, ainda opinando que qualquer pessoa pode ter um programa de tv “desde que o assunto não seja vinculado com o órgão que representa”.

O polêmico programa deixou de ir ao ar desde quinta-feira (22), mas Éder Moraes estreará segunda-feira, no mesmo horário, “Histórias do Povo”, substituo de “Fomento Em Foco”.

“Muda a logomarca, mas nosso foco continua sendo você, pequeno empreendedor”, adiantou o apresentador.

O suplente de deputado estadual e ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França (PPS), disse durante seu programa “Resumo do Dia” [ também da Tv Rondon], que no recuo de Eder Moraes “parece que têm o dedo do governador”.

Maggi teria intervindo junto ao legislativo, inclusive, na proposta de instalação da CPI da MT Fomento, cujas oito assinaturas necessárias foram adquiridas, embora duas tenham sido retiradas.

“De qualquer forma eu tenho aqui comigo o requerimento com as oito assinaturas e só não apresentei porque o PSDB resolveu retirar seus nomes, a minha parte eu fiz”, justificou Walter Rabello, que entregará o requerimento da CPI ao presidente da Assembléia, Sérgio Ricardo na sessão ordinária da próxima terça-feira (27).

Rabello enfatizou que com a retirada do “Fomento Em Foco – Com Éder Moraes-” do ar, o assunto está encerrado, pois passa a ser corrigida uma ilegalidade.

Entretanto, outros deputados como Gilmar Fabris (PFL); Percival Muniz (PPS) e José Riva (PP) têm outros questionamentos quanto á gestão de Éder Moraes diante da MT Fomento. Um deles é quanto as linhas de crédito oferecidas pela instituição financeira, que em tese, deveria atender basicamente a pequenos empreendedores, mas que estaria efetuando grandes empréstimos.





Fonte: O Documento

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