Arvore centenária será imortalizada em Diamantino
O corte acabou gerando uma polêmica, depois que a entidade Amigos Associados de Diamantino (AMADIA), resolveu no ano passado, entrar na justiça para protestar contra a decisão da prefeitura de realizar o serviço. Após ouvir membros da associação e representantes do município, o Ministério Público Estadual, solicitou avaliação in loco que foi realizada por intermédio do CAOP/MT, pela Drª. Joana Maria Ferreira Albrecht, professora e doutora responsável pela disciplina “arborização e paisagismo” junto a Universidade Federal de Mato Grosso. Conforme destaque do MP, um laudo que consta nas folhas 55/65 confirmou que as características da Figueira Centenária, estavam prejudicando as propriedades vizinhas.
Como a arvore fazia parte das raízes etno-sociais e culturais da população Diamantinense, a administração atual vai em 40 dias, iniciar um processo de preservação mediante tratamento de madeira, do toco da Figueira suprimida e afixar uma placa no local, descrevendo em detalhes a história da arvore na evolução cultural da praça. As brotações existentes serão retiradas de modo a não abalar as propriedades vizinhas. A decisão do MP confirma que a administração agiu buscando preservar as propriedades circundadas pela árvore e de longe pretendia apagar a importância dela e prejudicar o meio-ambiente. “Agimos tão somente para evitar que um mal maior pudesse acontecer, prejudicando pessoas que estão instaladas nas imediações” destacou o Secretário Municipal de Agricultura, Stephan Pereira e Silva.
Num termo de ajustamento de conduta, assinado na ultima sexta-feira (16), entre a representante do MP, Promotora de Justiça da Segunda Promotoria Cível, Regilaine Magali Bernardi Crepaldi, o município e a Presidente da AMADIA, Odontológa Célia Regina Schmidt, esta ficou obrigada a promover campanha junto à rede pública municipal e estadual de ensino no sentido de preservação da Praça da Cacimba, que será mantida aberta. No prazo de 40 dias, a AMADIA deverá dar ciência, mediante relatório, ao Ministério Público.
A figueira estava atrapalhando os moradores, que reclamaram e o município teve que intervir, atendendo clamor popular. O corte era necessário conforme atestou laudo de especialista, solicitado pelo Ministério Público. “Sou um defensor intransigente da natureza, dada a sua importância para a espécie humana e mais ainda de nossas raízes culturais e jamais cometeria qualquer ato que pudesse ir contra meus princípios, o que fizemos foi evitar que a arvore oferecesse prejuízos aos moradores vizinhos” disse o prefeito Francisco Ferreira Mendes Júnior.
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