Blairo quer consolidar bloco do Centro-Oeste
“Em que pese às divergências de opinião e as questões político-partidárias, temos assuntos em comum e principalmente necessidades que somente serão suplantadas com a força política junto ao governo federal e junto ao Congresso Nacional”, disse o governador Blairo Maggi, que almoça hoje com secretários de Fazenda e representantes de 10 Estados que participam do 12° Fórum de Secretários de Fazenda do Centro Oeste e convidados.
Maggi lembrou como exemplo que estes estados perdem mais de R$ 5 bilhões apenas em relação à desoneração das exportações de produtos primários e semi-elaborados por ano e vai conclamar os secretários a insistirem nas conversas mantidas com os governadores dos respectivos Estados para a formalização da Frente Parlamentar dos Estados do Centro Oeste e Norte Brasileiro, uma idéia antiga, mas que não obteve os resultados esperados no passado.
O governador mato-grossense reconheceu que existem conflitos internos para organizar e definir interesses entre tantos governadores, deputados e senadores, mas lembra que os estados do Norte e do Centro Oeste têm que aprender com os estados do Nordeste, Sul e Sudeste a defenderem interesses únicos para conquistarem espaço junto ao Governo Federal e principalmente para ajudarem na definição de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentado de ambas as regiões, que são as que mais crescem no país e em contrapartida são as que menos recebem recursos públicos federais.
“Temos problemas fiscais que nos interessam de forma mútua e, portanto, o melhor momento para decidir a situação dos Estados é agora, no início das novas administrações e quando o governo do presidente Lula dá explicitas demonstrações de que deseja discutir, dialogar e encontrar formas de contemplar a todos indistintamente”, acrescentou Blairo Maggi, admitindo que Mato Grosso foi muito contemplado pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, mas permanecem pendências que tem que ser corrigidas, como é o caso da política de ressarcimento das exportações de produtos primários e semi-elaborados.
Mato Grosso na última reunião do Confaz, Conselho Nacional de Secretários de Fazenda em janeiro deste ano, Mato Grosso que seria beneficiado conforme a lei por uma alíquota de 9,8% acabou rebaixado para 4,5% depois de receber 6,9% em 2006.
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