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Politica Brasil
Sexta - 23 de Fevereiro de 2007 às 08:35
Por: Márcia Raquel

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Além de perder a receita da contribuição partidária, o PPS vai ter que arcar com as dívidas deixadas pelos líderes que abandonaram o partido para seguir o governador Blairo Maggi, que se filia ao Partido da República (PR) no próximo dia 5 de março. Segundo o vereador Ivan Evangelista (PPS), o PPS de Cuiabá possui várias dívidas, sendo algumas oriundas da campanha à Prefeitura de Cuiabá em 2004, algumas trabalhistas e ainda outras referentes a aluguéis atrasados.

O parlamentar, que deverá assumir a presidência do partido na capital, afirmou que ainda não há uma definição do tamanho exato da dívida, uma vez que ela está sendo levantada ainda. Porém, adiantou que somente a campanha de Sérgio Ricardo à prefeitura da Capital mato-grossense deixou uma dívida de cerca de R$ 200 mil com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), referente aos shows artísticos realizados na campanha.

Ivan mostrou disposição em assumir a presidência da legenda em Cuiabá, porém antes de aceitar o compromisso pretende discutir com a Executiva regional o problema das dívidas. “Como vou assumir um partido cheio de dívidas? Não podemos falar em assumir nada sem antes termos uma idéia concreta da real situação da parte financeira do PPS”, disse. Uma reunião com a Executiva estadual para discutir o assunto já está agendada para a próxima terça-feira (27).

Conforme Ivan Evangelista, essa dívida deve ser cobrada da Executiva estadual e também de quem está deixando o partido, já que foram contraídas durante as gestões anteriores.

O presidente do PPS regional, deputado estadual Percival Muniz, afirmou que vai conversar com Sérgio Ricardo para achar um jeito de saldar essa dívida. “Vamos fazer galinhada, fazer cotinha, enfim, vamos enfrentar o problema. A dívida não é da Executiva regional, mas vamos ser solidários com a municipal”, frisou.

Para o ex-presidente da Executiva municipal do PPS, vereador Francisco Vuolo, que segue o grupo do governador Blairo Maggi, a responsabilidade sobre as dívidas é de quem assumir o comando da legenda. “Nós entregamos o PPS com o saldo normal. Agora deve estar atraso porque o repasse do mês de janeiro ainda não havia sido feito”, disse.

Vuolo afirmou que não tem conhecimento formal de nenhuma dívida referente à campanha de Sérgio Ricardo à prefeitura, mas reconheceu que existem dívidas trabalhistas. “Não sei o valor, porque eram de gestões anteriores”, disse ao lembrar que antes de assumir a legenda quem comandou o partido foi Cláudio Pires, seguido de Zito Adrien.

Cláudio Pires estava à frente do Diretório Municipal durante a campanha de 2004. Depois foi expulso do partido em função de um desvio de recursos na Iomat (Imprensa Oficial de Mato Grosso), órgão que comandava desde o início do governo Maggi. Com a saída de Pires, Adrien assumiu até a posse de Vuolo, em 2005.

Conforme o ex-dirigente, o repasse mensal do PPS regional para o municipal é de cerca de R$ 5 mil. Com esses recursos, segundo ele, é possível pagar todas as despesas do partido com aluguel, funcionários e material de consumo.





Fonte: Diário de Cuiabá

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