PSB expõe insatisfação com o governo Maggi
Valtenir admitiu ontem que Maggi lhe ofereceu 10 indicações para cargos comissionados no governo, enquanto a executiva do PSB teria direito a outras cinco. Grande parte da legenda, no entanto, reivindica uma secretaria para ter condições de implementar projetos defendidos pela legenda.
"Na prática, não é cargo o que a gente quer. Queremos oportunidade para desenvolver políticas públicas que desejamos para o Estado, e isso não se faz apenas com poucas indicações", pondera Valtenir, ao ressaltar que o PSB foi o primeiro partido a declarar oficialmente apoio a Maggi no início da campanha eleitoral passada. À época, o PPS isolado contava com apenas 55 segundos na propaganda de rádio e TV. Chegou a ter dois minutos após a adesão dos socialistas e disparou no ranking de maior tempo com o avanço da campanha.
Diante do pouco diálogo, o PSB cogita rejeitar as indicações para ter mais liberdade em relação ao governo. "Mesmo com um deputado federal, até agora só vimos o PSB contribuir com o governador. Foi assim na campanha e está sendo agora", completa Valtenir.
O PSB não exigiu oficialmente nenhuma secretaria. O staff está completo por técnicos, empresários próximos ao governador e dirigentes ligados aos partidos aliados como PPS, PFL e PP.
No caso do PMDB, a insatisfação é admitida pelo presidente do partido, deputado Carlos Bezerra, apesar da legenda contar com o vice-governador Silval Barbosa. A agremiação também insiste em não ocupar vários cargos de pouca visibilidade no staff porque alegam que a prioridade da legenda seria discutir políticas de governo. Sendo juntamente com o PFL o maior partido do Estado, o PMDB deverá indicar o futuro secretário de Educação após a nomeação de Luiz Antônio Pagot como diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). O PSB, no entanto, não tem grandes expectativas.

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