Com homenagem à África a Beija-Flor é campeã no Rio
Com o samba-enredo “Áfricas: do berço real à corte brasiliana”, a Beija-Flor foi a última escola a desfilar na Marquês de Sapucaí. Antes dela, Porto da Pedra e Salgueiro já haviam usado a África como referência para o samba, mas foi o enfoque dado pela escola de Nilópolis que se destacou.
A Mangueira saiu na frente na apuração do carnaval do Rio, com quatro notas 10 na avaliação da comissão de frente e quatro no enredo, mas perdeu a liderança na apuração para a Beija-Flor na avaliação da harmonia.
Após a apuração desse quesito, a Mangueira caiu para a quarta posição, a Beija-Flor passou para 119,7 pontos e não deixou mais a liderança da disputa.
Com metade da apuração em curso, a Beija-Flor liderava a apuração, seguida por Mangueira e Viradouro. Na apuração do quesito alegoria e adereços, a Mangueira voltou a perder o segundo lugar.
Cada décimo que a Mangueira perdia na apuração era bastante comemorado pela diretoria da Beija-Flor e os demais adversários. A diretoria da Imperatriz demonstrou muita irritação com a nota 9 dada no quesito harmonia.
A Beija-Flor abriu vantagem de um ponto sobre a Grande Rio no término da apuração do sétimo quesito (279,5 contra 278,5 pontos).
Na Sapucaí O desfile campeão da Beija-Flor na Marquês de Sapucaí chamou a atenção por suas alegorias enormes e cheias de detalhes e fantasias repletas de plumas e adereços luxuosos.
O beija-flor, símbolo da agremiação, voltou ao desfile da escola depois de 10 anos. No carro abre-alas, o pássaro foi representado com 10 metros de envergadura e fazia movimentos de pescoço para poder beijar a flor à sua frente, promovendo a vida na savana afriacana.
A figura de Olorum, rei do infinito, acompanhou o beija-flor. A cor predominante do carro foi o marrom, simbolizando o surgimento do homem a partir do barro.
A comissão de frente retratou a riqueza das dinastias africanas e a soberania de rainhas e reis africanos que foram escravizados no Brasil veio representada nas fantasias do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Claudinho e Selmynha SorrisoZ.
As tradicionais baianas estavam majestosas. As 110 intregrantes da alas vestiram uma fantasia luxuosa confeccionada em tecido que imita pele de zebra e leão e levaram na cabeça uma coroa de marfim.
Personagens como Chico Rei e Zumbi dos Palmares, símbolos da força do povo negro, vieram representados nos carros alegóricos.
Zumbi teve um carro todo feito em bambu em que 70 componentes fizeram uma coreografia teatralizada. Já Chico Rei, veio em uma alegoria predominantemente dourada, cheia de anjos e chafarizes.
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