2 grupos tentam cooptar o presidente da AL
No fundo, Sérgio quer ditar as regras na definição de candidatura e na política de alianças para as eleições do próximo ano na Capital. Nessa discussão, vislumbra até uma nova candidatura ao Palácio Alencastro. Em 2004, ele concorreu e, mesmo com o ex-prefeito Roberto França e o governador Maggi no palanque, teve uma votação decepcionante.
Em seis anos de vida pública, Sérgio saiu de vereador para deputado. Está no segundo mandato e já conquistou a presidência da Assembléia. Começou no PMN, foi para PFL e agora está de malas prontas para deixar o PPS. Do PFL, o presidente da Assembléia já obteve a garantia de que terá autonomia para conduzir a agremiação em Cuiabá. O cacique Jaime Campos apostou tanto na filiação de Sérgio que mergulhou nas articulações para elegê-lo presidente do legislativo mato-grossense. Chegou até a promover um churrasco de confraternização com os deputados.
Após sinalizar para retorno aos braços do PFL, no qual esteve por alguns meses em 2004, Sérgio passou a ser preocupação da turma da botina. O trator Luiz Pagot o tem procurado com maior frequência no sentido de convencê-lo a seguir o mesmo rumo partidário do governador. Sérgio sabe que há resistência a seu nome no grupo, mas mesmo assim sinaliza para ingresso no PR, inclusive com a possibilidade de vir a comandar a legenda na Capital.
Os blairistas não querem dar trégua a Jaime Campos, que já está em pré-campanha à sucessão estadual. O senador vai transformar o seu PFL na maior bancada na Assembléia e, numa eventual ruptura, traria problemas para o governo. Hoje, o partido tem cinco deputados (Dilceu Dal Bosco, Humberto Bosaipo, José Domingos, Gilmar Fabris e Wallace Guimarães). Se cooptar Sérgio, a legenda pefelista, que passará a se chamar Partido Democrata (PD), não só se consolida como dona da maior bancada como dirigente do Poder Legislativo.
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